André Pedralli tem participação conturbada na etapa final da F-4 Sudam

Acidente na primeira corrida e perda de potência do motor na segunda limitam piloto paranaense a dois sextos lugares em Londrina

14ab07ee3b17ec6053ff7274a7dd3ebaO paranaense André Pedralli viveu um fim de semana movimentado em sua segunda participação na Fórmula 4 Sul-Americana. O piloto da cidade de Cascavel foi sexto colocado nas duas corridas que encerraram a temporada de 2015, sábado (5) e domingo (6) no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina. Os vencedores foram o brasiliense Pedro Cardoso e o peruano Rodrigo Pflucker, campeão e vice de 2015, respectivamente.

“Foram duas corridas com circunstâncias bem diferentes para mim. Mas o principal foi conseguir evoluir com o carro da categoria”, avaliou o piloto, que havia estreado na Fórmula 4 na etapa de novembro, em Cascavel, onde obteve um oitavo e um sétimo lugar nas duas corridas. “Em termos de resultados, essa etapa de Londrina não foi muito diferente da de Cascavel, mas desta vez pude andar no mesmo ritmo dos líderes, o que foi muito bom”, disse.

Quinto colocado no grid em Londrina, Pedralli lutou até a última volta da primeira prova por um lugar no pódio – que, na Fórmula 4 Sudam, acolhe os três primeiros colocados. Nas voltas finais, valendo-se da queda de rendimento no carro de Juan Manuel Casella, aproximou-se do uruguaio. “Ele bloqueou o traçado, foi forte na defesa de posição, eu estava rápido o bastante para tentar o terceiro lugar e tentei até a última volta”, contou o paranaense.

Foi justamente na última volta que os dois carros se tocaram. “O Casella precisava mudar o traçado para defender a posição. Na curva que acompanha a entrada dos boxes ele freou muito cedo. Quando percebi isso, fui logo para a esquerda, mas ele também foi e meu pneu dianteiro direito acabou tocando o traseiro esquerdo dele. O resultado foi que meu carro praticamente decolou, fui parar fora da pista com o carro todo danificado”, resumiu.

O toque com Casella deixou Pedralli em sexto lugar no resultado final da corrida. A inversão absoluta das seis primeiras posições para formação do grid seguinte levou-o à pole position. “Depois de perder o pódio, largar em primeiro parecia uma nova chance de figurar entre os primeiros. Só que meu carro ficou tão danificado no acidente que não haveria como consertá-lo de um dia para o outro. A solução foi eu correr com um dos carros-reserva da F-4”, lembrou.

O carro cedido ao piloto para a prova final tinha reações diferentes. “Um carro sempre é diferente do outro, por mais que a preparação seja da mesma equipe, como acontece na categoria. Mas o motor do carro de domingo era um pouco menos potente, eu perdia em relação aos demais nas retas e saídas de curva. Tentei me manter na frente o quanto pude, mas os pilotos me passavam sem qualquer dificuldade e fiquei em sexto de novo”, narrou.

Cardoso foi o vencedor da primeira corrida da etapa, resultado que lhe garantiu o título sul-americano da Fórmula 4 de 2015. O peruano Pflucker e o uruguaio Casella completaram o pódio. Pflucker confirmou o vice-campeonato com a vitória na segunda corrida, à frente do argentino Baltazar Leguizamón e de Casella. Pedralli, com os dois sextos lugares, ficou em nono na classificação final da Copa Brasil, que compreendeu as etapas de Cascavel e Londrina.
Foto:Orlei Silva/Grelak

Comentar

Seu endereço de email não será publicado.Campos marcados são obrigatórios *

*