Após completar o Rally dos Sertões BRB, Sacha Fenestraz elogia sua primeira experiência off-road

O piloto de Fórmula E superou o desafio de 3.700 km e nove dias pelo interior do Brasil, realizando o sonho de correr com a mãe. Ele não foi o único especialista dos circuitos a se testar no maior rali das Américas

Família Fenestraz fez a festa na rampa de chegada, em Brasília
(Vinicius Branca/Fotop/Sertões)

Missão cumprida para Sacha Fenestraz no Sertões BRB. O piloto de Fórmula E escolheu a corrida brasileira para realizar o sonho de dividir o cockpit com a mãe, Stephanie, que já foi navegadora do Rally Dakar, em um UTV. Embora tudo fosse novidade para o franco-argentino, ele mostrou uma enorme capacidade de aprendizado e adaptação para encarar um extenuante rali de 3.700 km e oito etapas. Sacha terminou em 46º lugar entre 89 inscritos, um resultado que poderia ter sido melhor se um problema mecânico não tivesse levado a dupla a perder três horas na classificação geral.

“Foi incrível, o Rally dos Sertões é sensacional. Dormíamos apenas algumas horas por noite, às vezes eu passava 12 horas pilotando direto e tive que me adaptar a ouvir as notas da minha mãe para me manter no caminho, o que não é fácil para alguém acostumado a correr sozinho. E é muito diferente não estar em um cockpit apertado, com vento e poeira o tempo todo. Aproveitei a experiência do primeiro ao último quilômetro. E sim, voltarei no ano que vem”, prometeu.

E não foram apenas Sacha e sua mãe que representaram a família Fenestraz no Sertões BRB. Raoul Fenestraz, pai de Sacha, correu com o experiente navegador argentino Adrian Torlaschi para também terminar a corrida.

Robinson, Fraga e Piquet

Fenestraz não foi o único nome de destaque das pistas a enfrentar o Sertões BRB. Veterano da Trans-Am e IMSA, Gar Robinson também fez sua estreia no rali no Brasil. Convidado pelo companheiro de equipe na classe LMP2 navegador. Após problemas mecânicos na Etapa 2, eles se recuperaram nos dias seguintes e mostraram tempos competitivos, apesar de sua máquina ser praticamente standard (para cumprir as regras da classe UTV3). O 58º lugar final não fez jus ao ritmo de Gar. Para ele, também, a experiência foi inesquecível.

“Este é nosso primeiro rali, ponto final. Eu venho das provas de endurance, então de algum modo entendo como cuidar do carro, mas tive muito o que aprender. Nossos objetivos eram apenas evoluir e ir bem em cada etapa. Na última, posso dizer que finalmente estávamos na condição desejada. É muito mais difícil do que correr uma Rolex 24, por exemplo. Mais de uma semana dirigindo, estou bastante exausto. Foi uma aventura tão grande, que nos deu a chance de descobrir o Brasil. Muito divertido”, descreveu.

O próprio Fraga se destacou como um dos principais competidores no UTV. O campeão brasileiro da Stock Car, nome forte na IMSA e GT3, não só terminou o Sertões BRB novamente (2023 foi seu primeiro ano), como também venceu a categoria UTV2 com seu Can-Am Maverick X3, ficando em quinto lugar geral entre 89 veículos.

E vale destacar Nelson Piquet Jr. Em sua quinta participação, o campeão da Fórmula E brigou por um pódio na classe UTV2 até a última etapa, quando problemas mecânicos o impediram de obter um resultado melhor. Nelsinho venceu a categoria UTV3 em 2023.

Por: Imprensa Sertões BRB

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