Etapa que marcou a primeira metade do campeonato vê escalada do vice-campeão, de 25º na primeira volta, para quarto na segunda bateria
Corrida de casa das equipes Shell V-Power e Shell-RCM, a primeira passagem da Stock Car por Curitiba reservou grandes obstáculos para os carros de Átila Abreu, Galid Osman e Ricardo Zonta. Os três enfrentaram problemas durante o fim de semana da sexta etapa e acabaram aquém do potencial que já mostraram no Autódromo Internacional de Curitiba (AIC).
No fim do dia, a nota positiva ficou para Ricardo Zonta e o Toyota Corolla #10. Depois de sofrer com pneu furado no quali e largar apenas em 19º, o vice-campeão de 2020 caiu para 25º ao tirar o pé na primeira freada da corrida para evitar um carro rodado imediatamente à sua frente. Com bom ritmo, foi escalando o pelotão e recebeu a bandeirada da segunda corrida em quarto, a menos de meio segundo de um lugar no pódio.
Com os pontos acumulados em Curitiba, Zonta permanece em quarto no campeonato. Ele tem 156 tentos, com desvantagem de apenas seis para seu concorrente mais próximo.
Átila Abreu largou em 11º e vinha com o ritmo dos ponteiros no início da corrida 1, mas o Chevrolet Cruze #51 logo apresentou um problema de suspensão. Os mecânicos da Shell V-Power trabalharam para colocar o carro de volta na pista, mas isso só foi possível após a segunda volta da corrida 2. Ele então voltou para a pista para algumas voltas de verificação e abortou a etapa, que será descartada conforme previsão do regulamento.
Apesar disso o sorocabano vice-campeão da Stock Car em 2014 segue no top10. Átila acumula 123 pontos e está empatado com o atual campeão Ricardo Mauricio em nono lugar.
Melhor Shell no grid de largada em Curitiba, Galid Osman partiu em quinto e logo enfrentou problemas de câmbio no Cruze #28. Lutando muito, ele tentou até a penúltima volta o top10, que renderia a pole na segunda prova. Mas acabou com o objetivo frustrado e na segunda corrida foi atingido por outro concorrente e forçado a se retirar logo no início.
A Stock Car retorna a Curitiba na próxima semana, para outra rodada dupla, desta vez no anel externo.
As corridas
Os três pilotos sobreviveram aos entreveros da largada em Curitiba. A sempre complicada tomada da curva 1 da pista não vitimou nenhuma das três máquinas da Shell. Galid Osman cedeu uma posição para Bruno Baptista, completando o primeiro giro em sexto. Átila Abreu manteve seu 11º lugar e Ricardo Zonta caiu para a 24ª posição após ter que tirar o pé para não atingir o carro de Sergio Jimenez que rodava em sua frente na segunda perna do S de baixa.
Na abertura da quinta volta, Átila Abreu teve problemas no #51. O piloto precisou recolher o carro para o box da equipe Shell V-Power para reparar uma quebra no sistema de suspensão.
Enquanto a equipe trabalhava no #51 visando a segunda corrida, Galid batalhava para se manter no top10. O piloto do carro #28 era 10º na abertura das paradas de box no oitavo giro. Já Ricardo Zonta aparecia na 16ª posição.
Na 13ª volta, Zonta trouxe o #10 para sua parada de box, Galid entrou na volta seguinte.
Com o pelotão reestabelecido após as paradas obrigatórias, Galid era 11º e Zonta o 15º colocado. Restavam 10 minutos para o encerramento da primeira corrida.
Faltando quatro minutos para a abertura da última volta, Galid batalhava intensamente para retomar seu posto no top10, buscando o melhor momento para atacar Bruno Baptista. Zonta havia passado Felipe Massa para assumir a 14ª posição.
Enquanto isso, o trabalho da equipe Shell V-Power era intenso para aprontar o #51 visando a segunda largada da etapa.
Na freada do S de baixa na volta 21, Galid conseguiu concretizar a manobra contra Baptista para assumir a 10ª posição da prova – lugar que valeria a primeira posição após a inversão de grid.
No giro seguinte, Galid foi fechado ao fim da reta onde havia concretizado a manobra contra o #44. O piloto Shell acabou rodando para evitar contato com Baptista. Ele ainda conseguiu voltar para a pista em 13º, posto em que recebeu a bandeirada.
Zonta parou no box com o objetivo de ter pneus mais frescos para a segunda prova, retornando à pista em 20º, com uma volta de desvantagem para o líder.
Na segunda corrida, Galid largou da 13ª posição e se manteve na posição. Zonta avançou uma posição, para 19º.
Na entrada da curva zero, Galid foi acometido por um toque de Felipe Massa, que encerrou mais cedo a etapa para o #28, causando a entrada do Safety Car e posterior drive-thru ao concorrente.
Após seis voltas na pista, Átila novamente recolheu o carro para os boxes encerrando a jornada do #51. No momento de abertura da janela de paradas, Ricardo Zonta era o 12º colocado.
Zonta entrou nos pits no término da 12ª volta, em terceiro lugar. Após bom trabalho da equipe Shell-RCM, o curitibano retornou à pista na disputa pela liderança com outros quatro carros.
Na volta 17, Ricardo Zonta usou do botão de ultrapassagem para passar Júlio Campos e assumiu a quarta posição. Imediatamente partiu no encalço do carro #44.
Na última volta Ricardo Zonta novamente tentou atacar seu companheiro de equipe, porém Bruno Baptista soube se defender e ficou na frente do #10. O vice-campeão de 2020 ainda insistiu durante todo o giro final, mas não conseguiu concretizar a manobra contra o outro Corolla da equipe RCM, fechando a prova na quarta posição, com diferença de três décimos para seu companheiro.
O que eles disseram:
“Tinha tudo para ser um fim de semana bom. O carro era para estar entre os seis no quali, o pneu furado prejudicou muito o fim de semana, largar muito no fundo aqui é perigoso pois pode te tirar de todas as corridas. Fui muito cauteloso na primeira freada. Não conseguimos pontuar na primeira, vinha forte na segunda para vencer. Mas tive entraves para ultrapassar carros que vinham bem mais lentos e usavam push defensivamente antes da janela dos pits. Assim perdemos tempo que não deu para recuperar na parada do Camilo, que acabou vencendo. Ainda sim conseguimos um quarto lugar que nos mantém na briga pelo campeonato.”
Ricardo Zonta
“Os problemas começaram na primeira bateria. Meu câmbio estava com problema e o carro não reduzia da terceira para a segunda marcha. Conseguimos resolver na hora de ir pro grid, mas ficaram alguns resquícios. Apesar do toque com o Felipe, acredito que não ia conseguir completar a prova, estava lutando muito para ficar na pista. Agora vamos focar na próxima etapa aqui que já acontece na próxima semana.”
Galid Osman
“Foi uma corrida difícil, nosso objetivo era brigar pelos 10 primeiros na primeira corrida e estar na briga pela corrida 2. Comecei a sentir algo estranho e na corrida o carro puxou para a direita e quase não consegui parar. Achamos que era um componente da suspensão e, depois de um trabalho intenso da equipe, quando remontamos o conjunto percebemos que era outra peça. Então novamente fizeram todos os reparos. Conseguimos deixar o carro pronto, mas a corrida já havia largado e já estava uma volta atrás do líder. Saí para ver se estava tudo ok com a máquina pois temos corrida aqui na próxima semana. Não era um resultado que eu esperava descartar, já tivemos uma etapa ruim no Velocitta. Agora vamos buscar a performance que faltou para a próxima corrida.”
Átila Abreu
Stock Car – Campeonato (top10):
1. Daniel Serra 197 pontos
2. Gabriel Casagrande 188
3. Cesar Ramos 162
4. Ricardo Zonta 156
5. Thiago Camilo 148
6. Rubens Barrichello 147
7. Bruno Baptista 138
8. Diego Nunes 127
9. Átila Abreu 123
Ricardo Mauricio 123
Sobre a Raízen:
Somos a Raízen – uma empresa integrada de energia referência em biocombustíveis. Atuamos em toda a cadeia produtiva da cana, até comercialização, logística e distribuição de combustíveis. Nossa energia é essencial para mobilizar pessoas e potencializar negócios, por isso, além de entregar a energia que o mercado precisa hoje, investimos em soluções que contribuam para a agenda global de transição energética de forma gradual e sustentável.
É por isso que somos líderes na produção de biocombustíveis e bioeletricidade a partir da cana, e seguimos investindo na ampliação do nosso portfólio em fontes renováveis, como o etanol de segunda geração (E2G), o biogás, a biomassa e a geração de energia solar.
Somos grandes – temos um time de 29 mil funcionários, operamos 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia – e uma planta de etanol 2G – com capacidade instalada para moagem de 73 milhões de toneladas de cana, que produziram, na safra 19´20, cerca de 2,5 bilhões de litros de etanol e 3,8 milhões de toneladas de açúcar. Contamos com 860 mil hectares de áreas agrícolas cultivadas com tecnologia de ponta, com colheita 100% mecanizada. Temos capacidade instalada de cerca de 1GW para geração de energia e produzimos, na última safra, 2,1 TWh de energia elétrica a partir da biomassa da cana. No mercado livre de energia, em uma JV com a WX Energy, comercializamos cerca de 26,9 TWh de energia na safra 19´20, reforçando nossa atuação em trading no mercado livre de energia.
Com uma rede de revendedores de mais de 6.000 postos da marca Shell, no Brasil e na Argentina, temos presença e proximidade para entregar a energia que nossos clientes precisam. E por meio do Grupo NÓS (JV com a Femsa), atuamos no varejo com mais de 1.000 lojas de conveniência Shell Select nos postos, e com as lojas de proximidade OXXO, marca já consolidada na América Latina. Nos segmentos B2B e varejo, comercializamos, no ciclo 19´20, aproximadamente 27,1 bilhões de litros de combustíveis, operando em todas as regiões do Brasil por meio de 67 bases de abastecimento em aeroportos e 67 terminais de distribuição de combustíveis. Na Argentina, onde atuamos com a marca Shell desde 2018, comercializamos no último ciclo 6,1 bilhões de litros de combustíveis, contando uma rede de cerca de 730 postos Shell, uma refinaria, uma planta de lubrificantes, quatro terminais terrestres e duas bases de abastecimento em aeroportos.
Estamos entre as maiores empresas em faturamento no Brasil, com R$ 120,6 bilhões, na safra 19´20. Geramos emprego e renda, dinamizando a economia, e investimos em ações de responsabilidade social, apoiando diversos projetos e, por meio da Fundação Raízen, oferecemos a jovens uma formação complementar à educação regular, impulsionando pessoas em situação de vulnerabilidade social a se descobrirem profissionalmente e protagonizarem seus próprios caminhos. Também trabalhamos no desenvolvimento de cooperação com as comunidades vizinhas às nossas operações – por meio destes trabalhos, beneficiamos mais de 1.700 alunos e mais 3 milhões de pessoas na safra 19’20, oferecendo qualificação profissional, educação e consciência cidadã.
Projeto Time KGV – Stock Car, aprovado na Lei Federal de Incentivo ao Esporte e registrado junto ao Ministério da Cidadania (Secretária Especial do Esporte) sob o número de processo 58000.011486/2018-29
Foto: José Mario Dias
Por: Luis Ferrari