Baptista e Jimenez fecham temporada do Blancpain GT Series com nove ultrapassagens em Barcelona

Dupla do Audi #3 tem bela performance na primeira corrida, mas abandona na segunda

 

imagem_release_763742O último fim de semana de Rodrigo Baptista e Sergio Jimenez no Blancpain GT Series resumiu a trajetória da única dupla brasileira em sua primeira temporada completa no principal evento de Gran Turismo do mundo. Em um dia de altos e baixos, o time teve performance e aprendizado, mas um resultado mais expressivo escapou por detalhes.

O Audi #3 foi protagonista da primeira prova do dia, conquistando nada menos que nove posições. Saltou de 24o no grid para 15o na bandeirada, graças a um desempenho bastante consistente dos dois pilotos e um pit-stop eficiente.

Na corrida final, estava próximo da zona de pontuação quando teve contato com o Audi #2 a quatro voltas da bandeirada e foi forçado a abandonar.

Apesar de os pontos terem escapado na última jornada de sprint do ano, tanto o jovem Rodrigo Baptista quanto o experiente Sergio Jimenez destacaram a jornada da dupla ao longo da temporada 2016 –a primeira do piloto de 20 anos de idade fora do Brasil.

“O fim de semana foi mais difícil que esperávamos. Nas outras pistas nosso carro era muito bom, mas aqui não tinha o mesmo comportamento. Barcelona tem muitas curvas em que o piloto precisa entrar freando, e isso não é um dos pontos fortes do carro. Mas conseguimos andar relativamente bem, com um ritmo adequado”, comentou Baptista.

“Foi meu primeiro ano de Europa, e isso sempre é mais difícil. Todas as pistas novas, pilotos muito competentes e experientes. Acho que aprendi bastante e vamos ver no ano que vem, que certamente será melhor”, avaliou o piloto HTPro.

O experiente Sergio Jimenez também destacou a jornada da dupla. Este foi seu quarto ano completo no Blancpain GT Series, e o competidor de Piedade (SP) apontou que foi a temporada mais acirrada em que acelerou no evento.

“Foi um ano muito positivo, de muito aprendizado. A categoria cresceu muito desde que entrei, foi o ano mais forte. São pilotos muito profissionais e competitivos, muitos pilotos de fábrica. Fizemos um bom trabalho e faltou um pouco de sorte ao longo do ano. Em diversas corridas andamos entre os seis, oito primeiros, mas os resultados escaparam por algum detalhe. Nas endurance, com grids bem mais cheios, andamos ainda mais pra frente, com o 11o em 70 carros em Spa e o pódio do Rodrigo em Paul Ricard”, enumerou Jimenez.

Ele fez questão de destacar também a evolução do parceiro no decorrer da temporada.

“O principal foi o tanto que o Rodrigo melhorou. Ele começou o ano como um piloto e hoje é outro depois de dez corridas neste nível. Disputou freadas e bateu roda com muita gente boa, com carros muito qualificados. Então hoje é um piloto bem mais completo, com plenas condições de dar prosseguimento à carreira na Europa e levar esse aprendizado a grandes resultados”, acrescentou ele.

A dupla tem um novo compromisso já marcado: vai disputar a segunda etapa de endurance do Campeonato Sul-Americano da Porsche GT3 Cup em Goiânia, no dia 22 de outubro.

 

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Luis Ferrari

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Foto: Patrick Hecq

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