Piloto gaúcho avalia “ano difícil” em seu retorno às corridas de caminhões e já planeja novo pacote técnico para próxima temporada
Régis Boessio encerrou com o 13º lugar na etapa de Londrina, no último domingo (6), sua participação na temporada de 2015 do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Único gaúcho no grid da categoria, o piloto da Clay Truck Racing/Boessio Competições assegurou a 17ª colocação na classificação final da competição e, reconhecendo o desempenho aquém do esperado em termos de resultados, já faz planos para a temporada de 2016.
“Foi um ano muito difícil para nós. Voltei à Fórmula Truck depois de ficar fora em 2014 e o que tínhamos à disposição era um caminhão que já estava encostado havia mais de quatro anos”, comentou Boessio, citando o Volvo com que disputou as dez etapas da última temporada. “Nós não tínhamos recursos de desenvolvimento do motor. Tínhamos, sim, muitas disposição para trabalhar e voltar a correr. A equipe própria era a única escolha”.
A falta de competitividade do caminhão era obstáculo natural. “Sabíamos das debilidades do equipamento, ninguém se iludiu. O que nos esperava era um ano extremamente difícil. Mesmo assim nos apresentamos para a disputa”, conta. Uma das maiores dificuldades surgiu logo após a quarta etapa, quando Luiz Boessio, pai de Régis e coordenador técnico da equipe, teve de se afastar para tratar uma doença de quadro já agravado.
“Muita coisa se perdeu em termos de desenvolvimento com a saída dele. A partir disso, acabamos fechando acordo de cooperação técnica com a equipe do João Maistro”, lembra o piloto, citando a Clay Truck Racing. O caminhão de Boessio passou a ter preparação na sede de Maistro em Maringá. “Nosso saldo geral é que tivemos um motor muito forte em 2015, mas não conseguimos desenvolver o chassi para corresponder ao motor que recebeu”.
A meta de Régis Boessio para o campeonato de 2016 da Fórmula Truck passa pela construção de um novo chassi. “É a solução correta, o chassi que usamos neste ano já tinha passado por muitos acidentes. Vamos tentar fazer esse novo chassi nascer melhor que o anterior para buscar um lugar entre os cinco primeiros colocados no próximo campeonato”, estipula o piloto gaúcho, já antecipando que estará no grid com um caminhão Volvo.
Foto:Orlei Silva/Grelak comunicação