Nova Santa Rita (RS) – A volta da Stock Car ao Rio Grande do Sul depois das enchentes de maio e junho foi comemorada por todos amantes do esporte. Não foi diferente para Hugo Cibien, que teve um fim de semana intenso no Velopark, em Nova Santa Rita, na Grande Porto Alegre.
O piloto Capixaba teve poucos dias para ‘virar a chave’: vindo de uma corrida da Copa Truck, onde conquistou um pódio em um caminhão de quase cinco toneladas no velocíssimo circuito de Cascavel (PR), Cibien tinha como desafio ‘resetar’ sua programação mental e conseguir fazer o carro de pouco mais de uma tonelada da equipe W2 ProGP performar no menor (2.278 metros) circuito do calendário e um dos mais lentos e travados.
O trabalho começou bem nos treinos e evoluiu na classificação, quando Cibien chegou a andar entre os quatro mais rápidos, mas a chuva que caiu sobre a pista acabou e um toque na qualificação jogando o piloto que estreava o patrocínio da operadora de saúde capixaba MedSênior na posição 10ª posição do grid de largada. “No seco tínhamos performance para largar no top 5”, disse Cibien.
A posição acabou carregando alguns problemas para as três corridas do fim de semana, o que se agravou pelas falhas recorrentes no acionamento do botão de ultrapassagem (push to pass), o que fez Cibien chegar em 10º, 10º e 9º lugares.
“O estado do meu carro ao fim do domingo, cheio de ferimentos, mostra um pouco do que foi a batalha nessa etapa. Tínhamos desempenho para largar mais para frente, a chuva atrapalhou, e tive problemas no botão de ultrapassagem nas corridas 2 e 3, ele não funcionou corretamente. Uma pena, porque no sábado, após um erro e uma rodada quando estávamos disputando a 5ª posição, acabei ficando atrás e economizei quase todos os pushs, pois só havia usado um. Na primeira corrida de domingo o push começou a falhar quando eu tentei me defender de uma tentativa de ultrapassagem da Bruna (Tomaselli), que eu tinha passado usando o botão. Daí para frente ficou imprevisível quando funcionaria novamente. A equipe trabalhou muito bem no fim de semana, esses problemas são elétricos, de conectores ou chicotes. Além disso, em todas corridas foi envolvido em enroscos desnecessários, às vezes os adversários se precipitam, principalmente ali no pelotão de trás. Todos estavam muito próximos no fim de semana, então recuperar um prejuízo é bem difícil sem um safety car ou algo parecido. Na corrida 1 terminei com pneu furado por um toque, e no domingo com a frente do carro prejudicada. Acabei fazendo corridas de sobrevivência. Fora da pista, esse fim de semana foi muito bacana por ter estreado um patrocínio novo em um estado que ama o automobilismo e estava carente da nossa presença, a energia foi muito boa durante todo o fim de semana”, disse o piloto que defende as cores da ArcelorMittal Tubarão e Placas do Brasil, com projeto apoiado pelo Governo do Espírito Santo.
Por: Alexandre Kacelnik