Nós do site Puntataco e do programa Raio X Garage fomos convidados para conhecer e experimentar o novo Outlander de terceira geração, agora atendendo a solicitação do mercado para a motorização Diesel. O carro recebeu um motor com o deslocamento de 2.200cc de 4 cilindros movido à diesel.
O motor conta ainda com uma turbina de geometria variável e intercooler, que debita a potência de 165 hp a 3.500 rpm, com o torque de 36.7 mkgf na faixa de 1.500 à 2.750 rpm. O carro não somente é potente como também ter uma elasticidade de tirar o fôlego.
Design
O design do crossover é extremamente elegante, tanto internamente como na sua parte externa. As modificações deixaram a dianteira muito bonita com uma grande de dois elementos cromados, com duas faixas que acompanham a linha dos faróis e englobam os faróis de neblina. O conjunto óptico tem iluminação de led tanto na dianteira quanto nas lanternas traseiras.
As linhas laterais tem um equilíbrio com a linha de cintura bem marcada por um vinco que acompanha toda extensão e são bem preenchidas pelas belas rodas de liga leve de aro 18’. Na parte posterior as lanternas de led, avançam sobre a tampa do porta-malas, com novos para-choques, onde na sua extremidade inferior estão colocadas as luzes de ré.
Vida à bordo
Duas palavras podem definir a vida à bordo do New Outlander. Conforto e Tecnologia.
Conforto porque o Outlander é um crossover para 7 passageiros. Aqui cabe salientar que o espaço é para sete passageiros mesmos, e não cinco adultos e duas crianças pequenas. Andamos em sete adultos, e os dois que ocupavam a terceira fileira de bancos tinha 1,70 de altura, enquanto demais tinham mais de 1.80.
O carro tem bancos de couro ventilados, com aquecimento, ar condicionado dual-zone, computador de bordo, tela multi-mídia, teto solar, partida por botão start/stop, volante com regulagem de altura e profundidade. O banco do motorista tem ainda regulagens elétricas.
Cintos de segurança de 3 pontos para todos os 7 passageiros e encosto de cabeça, sendo que é extremamente fácil a montagem da terceira fileira de bancos. Espelhos retrovisores elétricos, sensores de estacionamento e câmera de ré.
Tudo está ergonomicamente distribuído pela cabine, com direção com auxílio elétrico, e um excepcional trabalho de isolamento acústico do veículo, onde chega-se a duvidar que seja um veículo movido por um motor diesel.
Ainda ficou faltando falar da tecnologia, onde se destaca: o ACC (Adaptative Cruise Control), que tem acionamento e configuração no volante, e permite que se guie sem sequer tocar nos pedais de freio e acelerador na estrada. Com o “ACC” ativado é possível configurar a distância e velocidade, o sistema não somente controla a velocidade programada, como ajusta a distância do veículo que vai a frente.
O FCM (Foward Collision Mitigation) sistema que avisa caso se tenha um risco de colisão e freia o veículo para evitar ou minimizar os riscos de um acidente; LDW (Lane Departure Warning) sistema que detecta as linhas centrais e laterais da pista, avisando o condutor caso ele esteja oscilando na sua faixa de rolagem.
O sistema Multimídia tem tela multi touch, também controlada pelos comandos no volante. O sistema engloba: Navi (sistema de navegação por satélite GPS), Rádio AM/FM, Cartão SD, Bluetooth. DVD, DTV (Televisão digital com controle na tela), TPMS (monitoramento da pressão dos pneus). Tudo isso podendo ser controlado com toques dos dedos na tela.
Condução
Uso urbano
O carro tem dimensões generosas, uma vez que com 4.695 metros de comprimento e 1.810 de largura não pode ser classificado como um carro pequeno. Mesmo com esse tamanho o carro surpreende pela agilidade e facilidade em se manobrar. Bastam 5,3 m (raio mínimo de giro) é possível se fazer manobras de 180º.
Conduzir na cidade é muito confortável já que o carro é equipado com um câmbio automático de 6 velocidades, com sistema seqüencial Sport Mode e alavancas de mudança na coluna de direção (paddle Shift). O torque já disponível nas baixas rotações permite uma condução suave, sem trancos e com um nível de ruídos tão baixo que por vezes se acha que o carro não está ligado.
O trabalho da Mitsubishi foi esplendoroso, já que não se sente vibrações e nem o tradicional ruído dos motores diesel.
Uso rodoviário/ Off Road
Vale tudo que já citamos acima, aliados ao uso dos dispositivos ACC, LDW que permitem dirigir por vários quilômetros sem a necessidade de sequer acelerar ou frear o veículo. No sistema multimídia é possível ainda controlar aceleração lateral (força G), temperatura do óleo, bússola, GPS e áudio com apenas toques na tela.
Deslizando dois dedos no sentido horizontal se controla o volume do áudio, e com três dedos no sentido vertical se alterna, entre GPS, Bússola/ Força G/ Temperatura do óleo. Com quatro dedos deslizando na posição horizontal se liga ou desliga a função Mudo, e deslizando-se na posição vertical se liga ou desliga o sistema multimídia.
O New Outlander vem equipado com o sistema eletrônico 4WD, com um botão de seleção eletrônica de tração localizada no console central, acionado com somente um toque. Utilizando-se o 4WD Eco, ativa-se o modo econômico onde condições normais se trabalha com a tração dianteira; no modo 4WD Auto, teremos tração 4×4 com distribuição eletrônica em coforme as condições do terreno.
Finalmente no modo 4WD Lock, teremos tração 4×4 em tempo integral. No uso rodoviário o crossover mais parece um seda tamanho o conforto e silêncio à bordo. No uso off road é possível enfrentar estradas de piso degradado, além de encarar obstáculos onde somente pickups e jeeps passariam.
Uso em Pista
Olhando para o New Outlander se tem impressão de um veículo para uso familiar, já que sua altura de 1.680 metros, com linha de cintura bastante elevada faz crer que o mesmo tenha um rolling elevado. Ledo engano; o comportamento do carro que tem controle de tração (STA) e estabilidade (SCA) permite uma condução quase de esportivo.
A frenagem é poderosa, neste carro equipado com freios a disco nas 4 rodas e com ABS, EBD e BAS. A direção tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica é bastante comunicativa, e se coloca o carro com facilidade onde se deseja.
A aceleração de 0 à 100 foi na casa dos 10,3 segundos, somente não aferimos a velocidade máxima, que marca 240 km/h no velocímetro. O New Outlander ainda é oferecido com as motorizações 2.0 a gasolina(160 CV a 6000 rpm e 20,1 kgfm a 4200 rpm) e 3.0 GT V6 também a gasolina (240 CV a 6250 rpm e 31.0 kgfm a 3.750 rpm).
Ficha Técnica
Motor: 2.2
4 cilindros 16 valvulas DOHC turbo Diesel
Potência: 165 cv a 3.500 rpm
Torque: 36,7 kgfm a 1.500 – 2750 rpm
Câmbio: automático de 6 velocidades com paddle shift
Aceleração 0 a 100 km/h: 10,3 segundos
Velocidade máxima: não avaliado
Comprimento: 4.695 mm
Largura: 1.810 mm
Altura: 1.680 mm
Entre-eixos: 2.670 mm
Tanque: 60 litros
Carga Útil: 640 quilos
Peso: 1640 quilos
Capacidade de Reboque
sem freio: 750 quilos
com freio: 2000 quilos
Breve História da Mitsubishi
Em 1990, o mercado brasileiro se abria para as importações. Depois de muito trabalho, em 1991, os primeiros veículos Mitsubishi desembarcaram no país e a cidade de São Paulo inaugurou o primeiro ponto de venda da marca para comercializar a L200. A escolha deste segmento e o início da importação do Pajero Full, em 1992, foram um sucesso. Em apenas dois anos, a empresa já contava com 20 concessionárias Mitsubishi em 18 cidades do país. Uma rede diversificada que importava e distribuía os modelos Lancer, Space Wagon, Eclipse, 3000GT, Colt e Pajero Full. Nascia a MMC Automotores do Brasil.
Em 1995, era criado o primeiro rali de regularidade do país: o Mitsubishi Motorsports. Nova mania entre os apaixonados por carros, a competição off-road se tornou uma experiência de marca. Desde suas primeiras edições, o rali assumiu também um papel social e passou a incluir a doação de alimentos para entidades sociais como parte de suas atividades. A Mitsubishi Motors se consolidava como referência nas competições off-road brasileiras.
Alguns anos depois, em 1998, foi inaugurada a fábrica da Mitsubishi Motors do Brasil, localizada em Catalão, interior de Goiás, promovendo o desenvolvimento da região. Em meio a uma ampla área ambiental, a unidade da Mitsubishi Brasil nasceu pautada pela excelência da qualidade e pela sustentabilidade, com a utilização responsável da água e a destinação adequada de seus resíduos sólidos desde o início. Com uma área construída de 14 mil metros quadrados, no dia 15 de julho saía da linha de montagem a primeira Mitsubishi L200. Cabine dupla, motor a diesel e tração nas quatro rodas.
O estilo de vida 4×4 ganhava dois novos eventos de peso: a Mitsubishi Cup, rali de velocidade cross-country faz sua estreia no ano 2000. E, quatro anos depois, chegava o Mitsubishi Outdoor, rali de estratégia e atividades culturais para toda a família. A presença constante nas provas off-road inaugurou uma linha de produção de carros especiais para competição. Rapidamente a Mitsubishi conquistou uma posição de destaque nesse mercado.
Em 2001, um novo canal de comunicação estreitava ainda mais a relação da marca com seus clientes, inovando o mercado editorial brasileiro. Em pouco tempo, a MIT Revista atingiu a tiragem de 100 mil exemplares distribuídos exclusivamente para clientes Mitsubishi.
Em 2004, uma nova marca entraria para a história: já eram 100 mil veículos Mitsubishi vendidos no Brasil. Em 2007, com o lançamento dos primeiros veículos 4×4 flex do mercado, a inovação virava sinônimo de sustentabilidade. E mesmo com um expressivo aumento na produção, a Mitsubishi Motors do Brasil reduzia o consumo de energia utilizada para a fabricação de cada veículo. Três anos depois, em 2010, a Mitsubishi anunciava o projeto Anhanguera II, que previa a expansão para 247 mil metros quadrados de área construída em cinco anos, além da inauguração de novas linhas de produção, a fábrica de motores e a nova planta de pintura.
Neste mesmo ano, a empresa inaugurou uma oficina especializada na cidade de Mogi Guaçu, em São Paulo, responsável por todo serviço de manutenção, desenvolvimento, testes e apoio durante as etapas de cada prova. No início, o espaço abrigava a equipe Triton RS da Mitsubishi Cup. Logo depois, em parceria com a engenharia de competição, passou a oferecer todo o suporte para as equipes do Rally dos Sertões e do próprio Rally Dakar, com a realização de testes em todos os veículos de rali da marca.
Um ano depois, em 2011, a Mitsubishi iniciou uma parceria com o autódromo Velo Città. O traçado de 3.493 metros, com curvas de baixa e alta velocidade e longas retas, é homologado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). A Mitsubishi promove diversos eventos para clientes e gentleman drivers, como as provas da Lancer Cup, Lancer Evo Day, Fun Day e Lancer Experience, com atividades no asfalto e na terra, nos quais as pessoas podem testar seus próprios carros ou ainda aprender técnicas de direção em pilotagem com profissionais de mais alto gabarito.
Neste mesmo ano, a Mitsubishi entrou para o segmento dos sedans, importando um dos carros mais conhecidos da marca, o Lancer. Em 2014, a divisão de competições em Mogi Guaçu passa a receber o nome de Ralliart Brasil, se tornando sinônimo da mais avançada tecnologia e desempenho para os veículos Mitsubishi em competições na terra e no asfalto. Está instalada em uma área de 10.000m², com todos os equipamentos necessários para projetar, fabricar, desenvolver, preparar e customizar veículos.
Também em 2014, a Mitsubishi Motors passou a fabricar o sedan Lancer, graças a expansão promovida pelo Anhanguera II. Atualmente, a fábrica de Catalão libera mais de 300 veículos por dia, com os mais altos padrões de qualidade em seus processos, desde o projeto de desenvolvimento do produto até a Auditoria Final pós-montagem.
São fabricados, em Catalão, os modelos do Lancer, Pajero, linha L200 Triton e ASX. E importa os modelos do Pajero Full, Outlander e Lancer Evolution X. Resultado expressivo do trabalho de um time comprometido, com a energia fundamental para continuar diariamente essa história.