Descarte de resultados dá o tom à disputa pelos títulos do Moto 1000 GP

Regulamento do Brasileiro de Motovelocidade determina que cada piloto se desfaça dos pontos de seu pior resultado na temporada

759c5e1889d3013702f8ea67ba67e8fbFaltando duas das oito etapas para o término da temporada de 2015, os pilotos do Moto 1000 GP incluem os cálculos em sua estratégia para a disputa pelos títulos do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. Além da preparação para as duas últimas etapas, marcadas para 25 de outubro em Santa Cruz do Sul (RS) e 29 de novembro em Curitiba (PR), pilotos e equipes lidam também com a projeção do descarte obrigatório de resultados.

O regulamento desportivo do Moto 1000 GP, homologado pela Confederação Brasileira de Motociclismo, determina que cada piloto se desfaça ao fim da temporada dos pontos referentes a seu resultado menos expressivo numa etapa da qual tenha participado. A eventual ausência em uma das etapas não pode ser aplicada como descarte. Igualmente, o piloto não pode descartar uma etapa em que tenha sofrido desclassificação técnica ou desportiva.

Implantada em 2013 no Moto 1000 GP, a categoria de formação GPR 250 tem quatro candidatos ao título. Vencedor de três etapas, Ton Kawakami é o líder. Irmão do atual campeão Meikon Kawakami, o piloto da Playstation-PRT soma 124 pontos, 12 à frente do goiano Brian David, do Team Estrella Galicia, equipe que tem outros dois pilotos com chance de título: o cearense José Duarte e o paulista Guilherme Brito, que somam 81 e 79 pontos.

Considerados os descartes, a vantagem de Kawakami na liderança cai a um ponto. Ele despreza os 11 pontos do quinto lugar na quinta etapa, em Curitiba, e vai a 112. David não perde pontos, por descartar a terceira etapa, em Goiânia, onde não concluiu a corrida. Brito a segunda etapa, em Cascavel, e não perde pontos – no descarte, fica com 79, seis à frente de Duarte, que desfaz-se dos oito pontos do quinto lugar na terceira prova do ano.

A GP Light encaminha-se para as etapas finais com três candidatos ao título. O paranaense Rafael Nunes, do Team Suzuki-PRT, obteve três vitórias e dois segundos lugares e chegou a 134 pontos. O gaúcho Marcelo Dahmer, com a Honda da K Racing, soma 106. Em terceiro está o brasiliense Henrique Castro, piloto da Kawasaki da City Service BSB Motor Racing. Considerado o descarte, eles passam respectivamente a 121, 95 e 83 pontos.

Na categoria GP 1000 são dois os pilotos que seguem com chance de título. O líder francês Matthieu Lussiana, da BMW Motorrad Petronas Racing, e o argentino Diego Pierluigi, da JC Racing Team. Lussiana soma quatro vitórias e tem 149 pontos. Pierluigi, vencedor de duas corridas, chegou a 106. Lussiana descarta um segundo lugar e passa a 129. Pierluigi, que desfaz-se do décimo lugar na abertura da temporada em Curitiba, fica com 100.

A classe Evo da categoria GP 1000, destinada a pilotos que mantêm as carreiras em fase de ascensão rumo às principais séries da motovelocidade, segue com três candidatos ao título. O líder Nick Iatauro, do Team Suzuki-PRT, tem 124 pontos e é o único a descartar pontos. Descartando o sétimo lugar da etapa em Curitiba, fica com 115. O vice-líder Victor Moura, da M2B Racing, e o terceiro Diego Pretel, da DRT-Ducati, somam 101 e 70 pontos.

A GP 600 também foi contemplada com a classe Evo e tem cinco pilotos na disputa pelo título – curiosamente, todos têm abandonos e nenhum descarta pontos. O gaúcho Marciano Santin, da Santin Racing, é o líder com 115. Flávio Pavanelli, da Motonil Motors-PDV Brasil/Usatec BSB Team, tem 91, à frente de Marcelo Dias, da 2MT-PRT (69), Márcio Bortolini, da City Service BSB Motor Racing (67) e Júlio Fortunato, da Sport Plus Racing (66).

Na GP 600, por fim, o título foi conquistado por Eric Granado. O paulista de 19 anos levou a GST Honda Mobil Super Moto à vitória nas seis corridas e deu à Honda seu primeiro título na categoria. A disputa pelo vice-campeonato destaca o paranaense Joelsu Mitiko, da Paulinho Superbikes, com 70 pontos, e o brasiliense Ian Testa, da Motonil Motors-PDV Brasil/Usatec BSB Team, com 62. Matematicamente, 14 pilotos têm chance de vice-campeonato.

As motocicletas do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade utilizam a gasolina Petrobras Podium e o lubrificante Lubrax Tecno Moto. A Petrobras e a Lubrax patrocinam a competição ao lado da Michelin, que fornece seus pneus de competição a todas as equipes inscritas. O Moto 1000 GP também conta em 2015 com o apoio de Beta Ferramentas, MSR Macacões Personalizados, Puig, Servitec, LeoVince, Shoei e Tutto Moto.

 Foto – Rodrigo Ruiz

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