“Exigente” e “desafiador”: o que os pilotos da Turismo Nacional esperam do Velocitta

Circuito localizado em Mogi Guaçu vai receber a categoria dos carros mais vendidos do Brasil pela primeira vez neste fim de semana

“Técnica, exigente e difícil”: “rookie” Victor Manzini analisa pista interiorana
(Rafael Gagliano/Vicar)

A Turismo Nacional vai adicionar mais um circuito à sua história de pouco mais de sete anos. Neste fim de semana (23 a 25 de agosto), a categoria vai acelerar no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. O traçado, de 3.493 metros e 14 curvas, será novidade para muitos competidores do grid, enquanto alguns já tiveram a oportunidade de acelerar na pista anteriormente. Em comum, fica a expectativa por seis corridas em uma pista considerada exigente e muito difícil.
Inaugurado em 2014, o Velocitta tem homologação 3 da FIA (Federação Internacional do Automóvel), já recebeu 28 corridas da Stock Car Pro Series e também sedia habitualmente etapas do BRB Fórmula 4 Brasil, Stock Series, TCR South America e TCR Brasil. A pista tem características que a tornam um desafio para os pilotos: uma reta relativamente curta e um mix de curvas de média e baixa velocidades. Destaque para rápida a Curva da Caipirinha, com início em descida e finalizada em trecho de subida, chamada também de ‘Eau Rouge’ brasileira, em alusão ao lendário trecho do circuito belga de Spa-Francorchamps.
Maior vencedor da temporada com cinco triunfos, tal qual Ernani Kuhn, o tricampeão Juninho Berlanda vai para o interior de São Paulo pronto para estrear a mais nova versão do seu Toyota Yaris, preparado pela Pein Competições. A única vez que o catarinense pilotou no Velocitta foi em 2017. “Adorei a pista e estou treinando bastante no simulador. Espero que consiga ser rápido pois sei que outros concorrentes andaram muito mais lá do que eu”.
“É um traçado muito técnico. Inclusive, na parte da pista onde apelidamos de ‘floresta’, lembra um pouco o miolo de Interlagos, com curvas em que temos de ter bastante calma e sabermos nos posicionar para sermos rápidos. Dada essa comparação, acho que se tivermos o desempenho que tive em Interlagos, os resultados serão muito bons”, declarou o piloto, que venceu três vezes na etapa disputada em julho na capital paulista.

Liderança e “tudo ou nada” — Rafael Reis vai ao Velocitta na ponta dos campeonatos Overall e Sprint na categoria A. O jovem piloto da equipe Car Racing é um dos competidores que já teve a oportunidade de acelerar no traçado interiorano e chega com uma boa perspectiva para Mogi Guaçu.
“Estou bem empolgado com essa etapa no Velocitta. As duas pistas que eu melhor ando são Goiânia e, depois, o Velocitta. Acredito que vamos ter grandes disputas porque é uma pista bem técnica e rápida. Precisaremos de um bom acerto de carro para sair de lá com alguma vitória”, declarou Rafa, que faz seu ano de estreia na Turismo Nacional e está entre os postulantes ao título.
Por outro lado, um dos mais experientes pilotos da TN vai pilotar pela primeira vez no Velocitta. Trata-se de Pablo Alves, quinto colocado nos campeonatos Overall e Sprint A e vice-líder no campeonato Endurance.
“Já estive lá, mas nunca andei na pista. Vai ser um desafio inédito. Estou bem ansioso para conhecer uma pista nova, um dos autódromos mais bonitos do Brasil. Almejo muito chegar lá e fazer grandes corridas. Vamos avançar para a segunda metade do campeonato e buscar ganhar corridas. Vou partir pra cima para tentar o título no fim da temporada”, comentou o paraense radicado em Goiânia.

“Rookies” — José Neto e Victor Manzini são dois estreantes na Turismo Nacional que trazem trajetórias distintas em relação ao Velocitta. O goiano, que lidera a tabela Sprint entre os “rookies”, já teve a oportunidade de correr no interior paulista, enquanto o jovem de 17 anos recém-completados e líder Overall “rookie” vai acelerar em Mogi Guaçu pela primeira vez.
“O Velocitta tem uma pista muito desafiadora”, avaliou José Neto. “Já corri em outra categoria por lá e estou ansioso para acelerar pela Turismo Nacional. É um traçado com muitas curvas, e é importantíssimo não perder a concentração para se manter entre os primeiros colocados. Acredito que será como as outras etapas que tivemos no campeonato, com disputas intensas o tempo todo. O grande objetivo é escapar dos incidentes para pontuar bem”, disse.
Manzini, que vai para seu segundo desafio a bordo do Peugeot 208, que estreou em Interlagos, com direito a pódios na categoria B, vem trabalhando no simulador para chegar ao Velocitta e manter sua boa fase no campeonato. “É uma pista bem técnica, exigente, bem difícil. Mesmo assim, tem pontos de ultrapassagens, dá para ganhar posições. Estou trabalhando muito no simulador e espero sair de lá com grandes resultados. Vou dar meu melhor, como sempre”, concluiu.
A Turismo Nacional é transmitida ao vivo pelo canal oficial da categoria no YouTube, plataforma de streaming Zapping, canal Motorsport.tv Brasil no YouTube, Portal High Speed, mídias da emissora Catve e canal Parc Fermé, com narração em italiano. O BandSports exibe um VT com os melhores momentos da etapa ao longo da semana seguinte.

Turismo Nacional, temporada 2024
Autódromo Velocitta, programação da etapa
Sexta-feira, 23 de agosto
08h35 – Treino livre 1
11h05 – Treino livre 2
13h35 – Treino livre 3
16h05 – Classificação

Sábado, 24 de agosto
11h20 – Corrida 1 (15 minutos + 1 volta)
11h40 – Corrida 2 (15 minutos + 1 volta)
16h10 – Corrida 3 (15 minutos + 1 volta)
16h30 – Corrida 4 (15 minutos + 1 volta)

Domingo, 25 de agosto
09h50 – Corrida 5 (20 minutos + 1 volta)
11h20 – Visitação aos boxes
15h10 – Corrida 6 (20 minutos + 1 volta)

Por: Turismo Nacional

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