Chef da Scuderia Marcelino, sediada no Kartódromo Internacional San Marino, em Paulínia (SP), diz que a nova categoria será movimentada principalmente pelos novos talentos do kartismo
A Fórmula 4 Brasil, nova modalidade de base do automobilismo nacional, estreou sua primeira temporada neste mês de maio em Mogi Guaçu, no Autódromo Velocittà, e deve suprir a lacuna provocada pela falta de categoria de monopostos no País, para pilotos que saem do kart e desejam ingressar na Fórmula 1.
O piloto e chefe da Scuderia Marcelino, Carlos Marcelino, sediada no Kartódromo Internacional San Marino, em Paulínia (SP), avalia a criação da categoria como positiva para os pilotos de kart.
Conforme Marcelino, a F4 beneficia os pilotos que saem do kart, porque diminui o salto que os pilotos da modalidade tinham que dar para seguir carreira na fórmula, que são categorias muito diferentes, segundo o piloto e chefe de equipe.
“O pulo para o piloto de kart que queria seguir na categoria de fórmula, que é monoposto, estava muito grande. O menino tinha que sair do kart e ir direto para a Fórmula 3, ou para alguma fórmula fora do País, distância muito grande, porque é muito diferente você sair do kart e pegar uma Fórmula 3, por exemplo, em termos de potência e até de valores”, explica.
E a falta de uma categoria intermediária de fórmula durante muito tempo, no Brasil, reflete no que acontece hoje na Fórmula 1, na avaliação de Marcelino.
“Inibiu muito a renovação de pilotos nossos, porque na Fórmula 1 nós nunca ficamos sem piloto e agora estamos sem nenhum. Tudo porque os organizadores não pensaram nisso a longo prazo. Os pilotos estavam saindo do kart e indo para o Turismo, para carros de rua feitos para corrida, a HB20, Stock Light, Stock Car, que é um caminho legal também. Mas tem que ter a opção de Fórmula”, afirma.
Para o piloto e chefe de equipe, a Fórmula 4 “vai ser movimentada por pilotos que saem do kart, os jovens talentos que estão aí. Vejo com ótimos olhos a criação da categoria”.
A Scuderia Marcelino tem um piloto que treina periodicamente no Kartódromo San Marino, em Paulínia, e que pensa em ingressar na Fórmula 4. “O Fred Bueno é o único que temos na equipe, pela idade e pelo momento, que pensa em chegar à Fórmula 4 e até já fez alguns contatos para patrocínios. Ele foi vice-campeão brasileiro na categoria Sprinter e segue tentando viabilizar parcerias”, ressalta Marcelino.
Fórmula 4 no Brasil
A nova categoria é certificada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e organizada pela Vicar, mesma empresa que promove a Stock Car, por isso, ocorre nos mesmos circuitos e datas da Stock.
Neste primeiro ano da modalidade, são 4 equipes no total, cada uma delas com 4 pilotos, o que totaliza 16 competidores disputando o título.
A maioria saiu recentemente do kartismo, como Fernando Barrichello, filho do piloto Rubens Barrichello; Nicolas Giaffone, filho do piloto e comentarista esportivo Felipe Giaffone; Ricardinho Gracia; Pedro Clerot; Lucas Staico; Aurélia Nobels, única mulher no grid da categoria, e outros.
Foto: Duda Bairros
Por: Práxis Mídia