“Quando percebi, tinha um carro em cima de mim e um pneu batendo na minha cabeça”. Foi dessa forma que o piloto brasileiro Helio Castroneves resumiu o acidente que sofreu hoje, em Pocono, na 13º etapa do Verizon IndyCar Series. Inicialmente marcada para o domingo, a transferência da corrida para esta segunda-feira ocorreu em razão das chuvas no estado norte-americano da Pennsylvania.
Após obter o 4º posto no grid de largada para a corrida de 500 milhas, logo após a bandeira verde o piloto do Team Penske passou a cumprir uma estratégia que consistia em não perder contato com os líderes, mas mantendo uma tocada de preservação do equipamento. O objetivo era se manter no bloco da frente e usar todas as forças quando faltassem 50 das 200 voltas para buscar a liderança de forma consistente.
Nesse sentido, esteve praticamente o tempo todo entre os seis primeiros e pouco antes de entrar nos pits, no cumprimento da volta 64, detinha a volta mais rápida da corrida até então. Ao encostar o Dallara Chevrolet #3 no pit comandado por Roger Penske, os mecânicos foram eficientes e Helio foi autorizado a sair algo em torno de cinco segundo depois. Foi nesse momento em que aconteceu o choque.
Alexander Rossi entrou no pit praticamente junto com o brasileiro e Charlie Kimball logo a seguir. No posicionamento dos pontos de parada, Castroneves estava na frente e Rossi algumas posições atrás. Entre eles, o lugar de Kimball. O carro #3 foi autorizado a sair e o fez com pista limpa. Já Rossi, quando saiu, foi atingido por Kimball e seu carro “voou”, caindo sobre o carro do brasileiro.
A Penske até que tentou recuperar o carro do três vezes vencedor da Indy 500, mas os danos foram demasiados e provocaram seu abandono. A boa notícia é que nenhum dano físico acometeu Castroneves, mas foi prejudicial em termos de campeonato, principalmente diante de uma perspectiva muito sólida de vitória. Tanto isso é verdade que o vencedor Will Power usava o mesmo acerto desenvolvido pelo piloto do carro #3.