A Honda Automóveis do Brasil utilizou o 28º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em outubro de 2014, para apresentar seu novo veículo para o mercado brasileiro. Foi o avant première do HR-V, um novo SUV, que no exterior tem o nome de Vezel.
O carro que desembarcou no país em 2015, tem estiloune perfeitamente formas dinâmicas e vibrantes linhas de caráter que marcam um coupé, a funcionalidade de uma minivan, e a postura confiante e robustez de um SUV (sport utility vehicle), posicionando-o como um veículo completamente diferenciado.
Com tração dianteira e motor 1.8 i-VTEC aliado à transmissão CVT, o HR-V entrega boa performance, eficiência no consumo de combustível e prazer ao dirigir, com uma posição de direção elevada.
O SUV tem um apelo completamente urbano, com um ar esportivo, espaço de carro familiar, baixo consumo, posição de dirigir elevada e design futurístico. Logo se nota que o veículo tem uma carroceria alta, com porte robusto e na dianteira a grade com o logotipo da Honda em destaque.
O porta-malas do carro é acanhado, com 437 litros com os bancos traseiros na posição normal. Para se ampliar a capacidade é possível combinar o rebatimento dos bancos que tem o sistema chamado de ULT, permitindo-se curvar os bancos traseiras para frente.
Design
O HR-V definitivamente não deixa ninguém indiferente a sua presença. O carro lembra mais um hatch esportivo anabolizado que um SUV, e isso agrada aos olhos do consumidor.
As linhas laterais são cheias de vincos, com uma marcante linha de cintura ascendente e nelas se destacam a maçaneta das portas traseiras, que estão colocadas na altura das janelas da coluna C. Isso deixa o carro com aparência de um cupê, e assim consegue a aparência de um esportivo.
As rodas de belo desenho tem acabamento polido, e são calçadas por pneus 215/55 R17. Isso é mais uma demonstração que o carro tem na cidade o seu habitat natural.
Por dentro o carro enche os olhos com um belo design. Imediatamente sua atenção é direcionada para o console elevado,, sendo que na parte inferior estão as entradas USB e tomada 12 volts e um porta-objetos; um belo trabalho estético, mas de funcionalidade discutível.
O painel lembra o do Civic, com a disposição dos instrumentos privilegiando a visão do condutor. A posição de dirigir é elevada e o banco traseiro tem 20cm de distância para os dianteiros, algo que permite um excelente espaço para adultos viajarem atrás.
Como quase todos os carros nacionais há uma profusão de plásticos internamente, e embora de boa qualidade, os utilizados na parte superior do painel riscam com muita facilidade.
Vida à bordo
Nosso carro de testes veio recheado de equipamentos, já que era a versão EXL equipada com câmbio CVT, que emula 7 velocidades. O motor 1.8 é o mesmo do Civic, mas recalibrado e com isso gerando 140 cavalos abastecido com etanol (139 Gasolina); ou seja o desempenho é bom, mas longe da aparência de esportivo que o carro faz supor.
A transmissão CVT (Contínuos Variable Transmition) não empolga embora nas saídas de semáforos e ultrapassagens tenha trabalhado de modo correto. O câmbio na posição D vai modulando a velocidade com a rotação na casa das 4.000 rpm, e isso gera um nível de ruídos alto.
Lembrando que a transmissão CVT não tem engrenagens, diferentemente de um câmbio mecânico, nem um conversor de torque como um automático. O CVT funciona como polias, por isso o artifício de emular marchas eletronicamente.
Como existe o artifício de 7 marchas pré-programadas, as reações por parte daqueles que gostam de uma tocada mais esportiva tornam-se mais aceitáveis.
Os mimos tecnológicos estão por toda parte, e o carro é equipado com ar condicionado digital, controle de estabilidade, seis air bags, sistema multimídia de 7 polegadas, entrada HDMI e GPS com sistema de informações RDS (via rádio).
O GPS com esse sistema permite avisar o motorista para evitar congestionamentos e sugere rotas alternativas, embora o sistema por enquanto opere somente e quatro capitais (São Paulo Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).
Uso Urbano/ Rodoviário
A suspensão para o uso urbano é mais que suficiente, com rodar suave e a carroceria não apresenta inclinação excessiva em uma tocada mais comedida. Já colocar o SUV no off-road nem pensar, já que sua pouca altura em relação ao solo o faz bater em qualquer obstáculo mais radical.
Na cidade a marca de 8,4 Km/l (utilizando etanol) e na estrada o consumo ficou em 10,9. O carro teve a aceleração de 0 a100 km/h na casa de 10s7.
Conclusão
Para se usar o HR-V na cidade, seu verdadeiro habitat o carro é muito bom, aliando estilo, conforto e boa autonomia. A direção elétrica é muito bem calibrada e torna a condução agradável.
Já quem pensar em levar o carro para fazer uma trilha, mesmo que for leve irá se decepcionar. Cabe lembrar que o preço do carro gira na casa dos R$82.900,00 nesta versão.
Ficha Técnica
Motor: dianteiro 4 cilindros transversal, 1.800 cm³ 16 V
Potência: 140 cv (Etanol) a 6.500 rpm 139 cv (Gasolina) a 6.300 rpm
Torque: 17,4 mkgf (E) a 5.000 rpm e 17,3 mkgf (G) a 4.800 rpm
Câmbio: CVT que emula 7 velocidades
Aceleração 0 a 100 km/h: 10,7 segundos
Velocidade máxima: 190 km/h
Comprimento: 4294 mm
Largura: 1772 mm
Altura: 1586 mm
Entre-eixos: 2610 mm
Tanque: 51 litros
Porta-malas: 437 litros
Peso: 1276 quilos
Texto: João Vasconcelos
Fotos: Divulgação