A menos de 30 dias para a segunda etapa do IMSA Michelin Pilot Challenge Series, o piloto Celso Neto, brasileiro radicado nos EUA, se prepara para chegar em Sebring na Flórida, afiado e com a faca nos dentes, entre os dias 12 e 15 de março, data da próxima etapa.
A bordo do Audi RS3 TCR LMS, ele representa a equipe Precision Racing LA, com sede em Los Angeles no estado americano da Califórnia. Na primeira etapa, em Daytona, Neto conquistou a terceira colocação, garantindo um pódio logo na estreia da temporada.
O jovem brasileiro foi o vencedor da IMSA Diverse Driver Development Scholarship (Bolsa da Diversidade IMSA) e corre com parte das despesas subsidiadas pela entidade, que também é a promotora do campeonato. Ele compartilha o carro com o veterano Ryan Eversley, experiente piloto americano com quem tem trocado bastante experiência.
A primeira corrida (Daytona) e a quarta que será em Mid-Ohio, de dez previstas para o ano, são corridas com 4 horas de duração. Todas as outras são compostas por duas horas de disputas, podendo os pilotos trocarem de posição a qualquer momento da corrida. Na última prova de Daytona, Celso Neto pilotou por 2 horas e 20 minutos seguidos no carro, o que equivale a quase 3 corridas consecutivas principais de campeonatos no formato Sprint, como a Stock Car Brasil.
Esse novo desafio de corridas de longa duração faz Celso focar ainda mais em sua preparação física e a sua ótima condição ficou explicita em Daytona. O brasileiro demonstrou alta capacidade e resistência entregando o carro em 3°, para o seu companheiro Eversley. A preparação física é crucial no automobilismo, especialmente em circuitos desafiadores como Sebring. O condicionamento adequado permite que os pilotos suportem as adversidades e mantenham a performance durante as provas. Para a próxima etapa, Celso Neto além da sua rotina normal de treinos em kart e musculação, incorporou sessões em academias aquecidas, com temperaturas chegando a 50°C, visando aprimorar sua resistência ao calor intenso previsto para a próxima corrida.
“Será uma prova com a temperatura muito elevada. Lá era uma pista de aeroporto, de concreto e nunca foi recapeada, ou seja, mais um templo do automobilismo, muito tradicional e considerada desafiadora por conta das irregularidades. Reflete muito o sol e esquenta bastante. Começamos um trabalho de condicionamento físico para alta temperatura e vai ser bem interessante esse aspecto novo para melhorar minha condição física”, revelou o piloto, que demonstra comprometimento e profissionalismo, buscando sempre nos detalhes como enfrentar os desafios a cada etapa.
Mais sobre a pista de Sebring
Sebring International Raceway é um dos circuitos mais lendários do automobilismo mundial. Localizado na Flórida, integra, ao lado de Daytona e Indianapolis, a tríade das grandes pistas dos Estados Unidos. Sua origem remonta à Segunda Guerra Mundial, quando funcionava como a base aérea Hendrick Field, usada para treinamento de pilotos e operações com bombardeiros B-17 e B-29. Desativado após o conflito, o local foi transformado em circuito, sediando sua primeira corrida em 31 de dezembro de 1950, em um traçado de 6 km.
Em 1952, Sebring passou a sediar sua prova mais icônica, as 12 Horas de Sebring, que rapidamente se tornou uma das mais prestigiadas corridas de endurance do mundo, ao lado das 24 Horas de Le Mans e de Daytona. O circuito é famoso pelo asfalto abrasivo e traçado desafiador, que combina trechos originais da base militar com seções asfaltadas, exigindo grande habilidade dos pilotos. A Turn 17, uma longa curva de alta velocidade e superfície irregular, é um de seus maiores desafios.
Além das 12 Horas de Sebring, a pista já recebeu eventos históricos, como o Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1 em 1959, onde Jack Brabham conquistou seu primeiro título mundial, além de provas da IMSA, FIA WEC e outros campeonatos nacionais. Em 2012, a NASCAR adquiriu o circuito, reforçando sua importância no automobilismo. Hoje, Sebring segue como um dos traçados mais desafiadores do mundo, sendo amplamente utilizado para testes de montadoras e equipes, além de manter sua posição como um ícone das corridas de resistência.
Mais sobre o piloto
Site: www.cneto.net
Instagram: @cneto_racing
Youtube: www.youtube.com/@cneto_racing
Por: Flávio Bergmann|Jornalista/Assessor de imprensa