Líder da F3 Brasil Light, Guilherme Samaia tem “início dos sonhos” no automobilismo

Em seu ano de estreia na principal categoria de base do automobilismo brasileiro, piloto de 18 anos vence três das quatro corridas e lidera a tabela de classificação com 45 pontos

 

Vencedor de três das quatro provas da temporada e líder da classe Light da F3 Brasil com 45 pontos, o paulista Guilherme Samaia252116_498471_11212737_1000399746645432_3641139715599636017_o demonstra que tem se adaptado rápido à categoria. O piloto da equipe Cesário Fórmula iniciou sua trajetória no automobilismo com vitórias convincentes nas duas etapas realizadas – Curitiba e Velopark – e logo de cara abriu uma vantagem de 19 pontos para o vice-líder, Matheus Muniz. O novo formato da categoria, que virou totalmente brasileira e desde o ano passado integra a programação de provas da Vicar, agradou ao piloto por trazer mais competidores para o grid.

“A F3 Brasil renasceu nos últimos dois anos e ficou mais acessível aos pilotos brasileiros. Vejo a categoria, tanto no Brasil quanto no exterior, como uma das principais do automobilismo de base. É praticamente uma passagem obrigatória para qualquer piloto que pretende chegar nas categorias tops, seja na Europa ou nos Estados Unidos. O carro é muito bom e acredito que o piloto que consegue extrair todo o potencial do equipamento estará capacitado para guiar em qualquer categoria do mundo”, analisou o piloto de 18 anos.

A bordo do chassi italiano Dallara F301, Samaia destacou a força G como principal fator de dificuldade da transição do kart para o automobilismo. “O F3 é muito rápido e a força G contribui bastante para o desgaste físico em uma corrida. Acho que essa é a maior dificuldade para quem sai do kart. O câmbio “H” também requer um pouco de experiência, mas para mim não atrapalhou muito porque corri bastante tempo de Shifter (kart com marchas), então me acostumei bem com o sistema”, explicou.

Samaia tem uma trajetória extensa no kartismo. Com oito anos de experiência, o piloto participou dos principais campeonatos do país, conquistando resultados expressivos nas categorias Júnior e, principalmente, Shifter. No automobilismo, antes da F3 Brasil, disputou uma única prova de Fórmula Júnior, no Rio Grande do Sul. “Participei da última etapa da temporada 2013. Tive um problema com o cubo da roda dianteira na primeira corrida e tive que largar de último na segunda prova. Mesmo assim, consegui fazer a melhor volta e terminar em quarto”, disse.

Para Danilo Dirani, coach e campeão da F3 Sul-americana em 2003, Samaia tem mostrado uma evolução nítida desde a abertura da temporada, realizada em fevereiro. “É uma nova fase na carreira dele e essa mudança para competições de monopostos tem que ser feita de forma gradativa. O F3 tem muitas informações e o Guilherme tem a vantagem de assimilar tudo de forma rápida. Ele está evoluindo bastante, ainda tem coisas para melhorar, mas com tempo e hora de pista o conhecimento aparece”, destacou Dirani.

O próximo compromisso oficial de Samaia na F3 Brasil será nos dias 27 e 28 de junho, no autódromo de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, palco da terceira rodada dupla do campeonato

Foto: P1 Filmes

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