A chegada do TCR na América do Sul cobriu uma lacuna que era conhecida pelos entusiastas e pilotos do continente: a falta de uma categoria internacional. Modelo consolidado ao redor do mundo, com mais de 35 campeonatos chancelados pelo modelo TCR. Com etapas no Brasil, Uruguai e Argentina, a categoria passou pelos principais palcos do automobilismo do continente. Interlagos, El Pinar e Oscar e Juan Gálvez, em Buenos Aires. A categoria encerrou sua etapa inaugural com o espanhol Pepe Oriola conquistando o título entre os pilotos.
Assim como o catalão, outros pilotos de carreira estabelecida no automobilismo mundial passaram pelos carros do TCR South America. Os argentinos Estaban Guerrieri e Néstor Girolami, pilotos da Honda no WTCR, Santiago Urrutia representou a bandeira uruguaia nas pistas. Além de Rodrigo Baptista, que integra o grid do Pure ETCR. Outro nome conhecido é o do peruano Rodrigo Pflucker, vencedor de uma das provas em Rio Cuarto (Córdoba, Argentina).
Saindo do continente sul-americano, a América do Norte também cedeu pilotos para provas, foram eles James Vance e Paul Holton, canadense e estadunidense respectivamente. Vindos do velho continente, Tom Coronel e Martin Ryba também aceleraram em provas da categoria em 2021.
A participação desses pilotos é importante para mostrar que a categoria atingiu logo em sua primeira jornada um nível mundial, onde os pilotos que andaram na América do Sul têm condições de correr em qualquer evento TCR no mundo, contra outros pilotos consagrados no cenário mundial.
Em referência ao TCR South America, Pepe Oriola declarou: “Foi um ano muito positivo para mim. Sair da Europa me tornou um grande nome na América do Sul e me abriu muitas portas em um mercado que eu não conhecia. Foi um ano difícil marcado pela pandemia, mas a categoria tem feito um ótimo trabalho. Tenho certeza de que o TCR South America tem muito a crescer com a chegada de carros novos em 2022. Também quando o TCR Brasil e o TCR Argentina entrarem em operação em 2023, o conceito TCR será estará consolidado no continente. Me sinto muito feliz em ter participado da primeira temporada e ter sido o primeiro campeão.”
Cyro Fontes, piloto uruguaio comentou sobre a possibilidade de acelerar em bólidos iguais aos de outros campeonatos ao redor do mundo: “Ter a chance de correr com carros de nível mundial em nosso continente é muito raro. A categoria nos permitiu andar em condições de igualdade com pilotos da Europa e outros continentes e comparar apenas o desempenho nas pistas, já que as máquinas são rigorosamente iguais as que eles usam. É um carro muito prazeroso de se guiar, uma combinação perfeita de potência e tecnologia. Conseguir manter os carros e o campeonato no continente é muito importante para que mais pilotos tenham a chance de integrar o grid e cada vez mais a categoria atinja patamares importantes.”
Por sua vez, Juan Pablo Bessone, que voltou de uma longa inatividade e estava em duas datas do calendário, disse: “São carros espetaculares. Fiquei impressionado com o torque e o poder de frenagem que eles têm. Eles também são muito bonitos esteticamente, tem um belo interior e tecnologia que está no nível do automobilismo mundial. Sem dúvida, o piloto que entrar em um desses carros não vai querer sair nunca mais. Tive uma ótima impressão da qualidade da categoria e da honestidade de cada um que trabalha na TCR South America. Devemos também destacar o esforço que estão fazendo para melhorar ainda mais a premiação aos vencedores da temporada 2022, com participações em outros campeonatos TCR na Europa.”
O brasileiro Raphael Reis pontuou sobre o TCR South America: “Já acompanhava o formato TCR desde antes dele desembarcar aqui na América do Sul. O conceito aplicado no campeonato é muito interessante, proporciona para os pilotos que participam a oportunidade de competir em um campeonato internacional em um formato já consagrado no mundo todo. Para nós aqui no Brasil, foi muito importante receber uma categoria como o TCR, uma competição de primeira linha no automobilismo internacional com carros de tração dianteira, coisa que não tínhamos nada parecido até então no continente. Foi uma oportunidade única na minha carreira competir na temporada inaugural e escrever meu nome na história sendo o primeiro pole-position da categoria no nosso continente. Espero voltar em 2022 brigando por vitórias e pelo título.”
Todos os pilotos que passaram pelo TCR South America:
Argentina: José Manuel Sapag, Fabricio Pezzini, Ernesto Bessone II, Ayrton Chorne, Pablo Otero, Néstor Girolami, Ever Franetovich, Juan Ángel Rosso, Matías Milla , Esteban Guerrieri, Facundo Marques, Dorian Mansilla, Matías Cravero, Roy Block, Damián Fineschi, Javier Manta, Eugenio Provens, Nicolás Palau, Claudio Rama, Leandro Rama, Juan Pablo Bessone e Gonzalo Fernández.
Brasil: Rodrigo Baptisa, Adalberto Baptista, Raphael Reis, Fabio Casagrande, Sérgio Jimenez, Beto Monteiro, Pedro Aizza, Valdeno Brito, Marcelo Costa, Guilherme Reischl, Alan Hellmeister, Nono Figueiredo, Geciel de Andrade, Thiago Marques, Giovanni Girotto, Ruslan Carta Filho e Marcio Basso.
Uruguai: Santiago Urrutia, Cyro Fontes, Gonzalo Reilly, Fabricio Larratea, Diego Martinez, Rodrigo Aramendia, Enrique Maglione e Juan Manuel Casella.
Estados Unidos: Paul Holton e Tim Lewis JR.
Holanda: Tom Coronel
Peru: Rodrigo Pflucker
Canadá: James Vance
Eslováquia: Martin Ryba
Foto: TCR South America
Por: TCR South America