Após duas etapas e 600km disputados em Portugal e na Argentina, dupla do #544 aparece rigorosamente empatada com o #8, de Werner Neugebauer e Rubens Barrichello
Seiscentos quilômetros depois da primeira luz verde da temporada do Porsche Cup C6 Bank Endurance Challenge no Estoril em Portugal, o campeonato de corridas longas dos carros de competição mais produzidos do planeta aparece rigorosamente empatado na tabela de pontos. Na segunda e derradeira viagem internacional do ano, Marçal Muller e Enzo Elias repetiram a vitória de 2023 em Termas de Río Hondo e igualaram em pontos a dupla de Werner Neugebauer e Rubens Barrichello no topo da classificação. Com gosto de repeteco da abertura da temporada, #544 e #8 foram protagonistas da disputa pela vitória, mas com papeis invertidos na Argentina.
Na abertura da temporada, o #544 venceu o primeiro segmento e viu a tripulação do carro #8 vencer a prova com Rubens Barrichello neutralizando o ataque de Enzo Elias em relargada para uma última volta de bandeira verde. Já em Termas de Río Hondo, a situação é oposta. Neugebauer/Barrichello venceram a metade inaugural da prova e Muller/Elias levaram a melhor na bandeira quadriculada com o piloto brasiliense contendo os assédios do brasileiro com mais largadas na Fórmula 1.
Com 300 km disputados do apagar das luzes até a bandeirada, a prova de longa duração foi decidida com uma corrida de Sprint de uma volta após intervenção do safety-car já nos giros finais da bateria e movimentou posições de pódio e a colocação final de diversos carros na última passagem em bandeira verde pelos 4.805m do autódromo localizado no noroeste argentino.
Pela Challenge, domínio absoluto de Alceu Feldmann Neto e Gabriel Casagrande, que levaram a vitória no geral, Sport e Rookie
Na Carrera Sport, Lineu Pires e Beto Gresse venceram a primeira da temporada e na Rookie, Eduardo Menossi segue imbatível, dessa vez ao lado de Caio Collet, que estreava em Termas de Río Hondo
Debaixo de um calor escaldante de 32ºC na largada e impressionantes 50ºC no asfalto, o Endurance Challenge conheceu quem disputará o título nos 500km de Interlagos
A Corrida
A maioria das equipes optou por iniciar a corrida com os competidores regulares e terminar com os convidados. Assim fizeram os integrantes da primeira fila, largando com Lucas Salles da pole no Porsche #70, ao lado do #544, com Marçal Muller.
A exceção no top10 era o #7, que iniciou a prova com Alan Hellmeister em quinto, enquanto Miguel Paludo acompanhava dos pits com a incumbência de fechar a prova.
No apagar das luzes, Muller atacou por fora na tomada da curva 1, mas Salles sustentou a liderança com estilo. Werner Neugebauer foi hábil ao passar Chico Horta e avançar para terceiro na partida.
Salles então escapou uma trajetória ainda na primeira volta, caindo da liderança para quarto. Muller assumiu a dianteira e tratou de abrir vantagem.
Ao término da primeira volta, o top5 indicava: Muller, Werner, Horta, Salles e Fefo Barrichello, autor de uma memorável volta inicial com direito a duas ultrapassagens. Horta era o líder na Sport. Pela Carrera Rookie, o primeiro colocado era o #85, com Eduardo Menossi em 11º no geral. Na Challenge a liderança era do #66, com Sadak Leite em 23º no geral.
Na terceira volta, impulsionado pela melhor volta da prova, Hellmeister ingressou no top5 ao passar Fefo. E logo superou também Salles, para ser quarto. Thiago Camilo acompanhou a balada do #7 e também passou Fefo, para a seguir superar Salles. O pole logo ficou à mercê de Fefo.
Hellmeister seguia escalando, seguido por Camilo. Os dois passaram Horta na volta 5, enquanto Werner tirava a diferença para o líder Marçal Muller. Na passagem seguinte, Horta abriu a trajetória na tomada do S, deixando a porta aberta para o mergulho de Fefo. Salles tentou acompanhar, mas o #77 defendeu.
Com 10 minutos de prova, o top5 indicava Muller, Werner, Hellmeister, Camilo e Fefo. Em sexto, Horta liderava na Sport. Em 10º, Renan Guerra era o melhor na classe Carrera Rookie com o #12. Já a liderança na Challenge era do #23, com Leonardo Herrmann em 22º lugar.
Era questão de tempo até Hellmeister colocar o Porsche #7 na briga pela ponta da corrida. E isso aconteceu na abertura da volta 9, quando ele alcançou Werner. No fim da reta oposta, avançou para a segunda posição. Nesta mesma volta, Antonella Bassani, que largou de penúltimo lugar no grid, alcançou Hermmann na liderança da Challenge e chegou a emparelhar duas vezes para tentar a ultrapassagem pelo primeiro lugar.
Na volta 11, Hellmeister abriu ataque pela liderança, mas Muller duas vezes defendeu com astúcia. O #7 insistiu na volta seguinte, especialmente na reta oposta. Mas o #544 freou no meio da pista e deixou a linha externa para o concorrente, sustentando a liderança. Neugebauer acompanhava o pega de perto, atento a qualquer oportunidade pela briga dos dois ponteiros. Ainda na volta 12, Guerra entrou no top5, ganhando posição sobre o #111, de Fefo Barrichello.
Ao abrir a volta 13, Muller determinou o início da primeira janela de pit-stops obrigatórios. Mas ele seguia na pista, travando qualquer investida de Hellmeister e foram ao menos mais duas naquela passagem. Mas no 15º giro Hellmeister deu o bote se lançando por fora e depois tirando o espaço do #544 na freada do fim da reta oposta. Muller ficou sem alternativa e precisou frear antes, perdendo a liderança. Ele então ficou sob ataque de Neugebauer e levou o #544 para os pits no fechamento da volta 16. Eram 25 os carros nos pits àquela altura, com quase meia hora de corrida.
Hellmeister e Werner pararam na volta seguinte, bem como Camilo e Átila Abreu. Assim todos os carros estavam nos pits simultaneamente.
Enzo Elias retornou à pista uma volta antes de Paludo no #7 e Rubens Barrichello no #8. Mas com o pelotão reordenado a liderança era do #7, seguido pelo #8 e pelo #544.
Paludo, Rubinho e Enzo abriram a volta 19 separados por menos de 1s. O primeiro ataque entre eles foi de Enzo sobre Rubinho, devidamente neutralizado pelo #8. Rodrigo Mello, com o #29, tentava se defender de Dudu Barrichello, muito veloz com o #111. Este era pressionado pelo #1, com Gui Salas. Na volta 20, Dudu passou Mello no S. Sallas, por dentro, levou as duas posições numa mesma manobra.
Eis que o #7 apareceu lento, com pneu traseiro direito danificado. Paludo despencou o pelotão e teve que fazer uma parada extra, dinamitando as pretensões da última dupla campeã do Endurance Challenge na prova.
A corrida seguia em ritmo intenso e se aproximava do fim do primeiro segmento. Na volta 21, o top5 indicava: Rubinho, Enzo Elias, Gui Salas, Dudu Barrichello e Rodrigo Mello. Em sétimo, Leo Sanchez liderava nas classes Carrera Sport e Rookie. Já a liderança na Challenge era do #23, com Vitor Baptista.
Na 25ª volta, enquanto Enzo Elias novamente tentava atacar Rubinho pela liderança, o safety-car foi acionado para resgate de um carro atolado na caixa de brita na área de escape da curva 1. Melhor para Gui Salas, que já vinha descontando a diferença para os dois primeiros e acabou chegando de vez. Outro carro que voltou à disputa pela liderança com a neutralização da corrida foi o #70. Rafa Suzuki já havia se aproveitado do tráfego para surpreender Dudu Barrichello e agora estava novamente a poucos segundos da cabeça do pelotão.
O segmento inicial foi encerrado na volta da relargada, com o #8 em primeiro. Mas Enzo Elias passou Rubinho no fim da reta dos boxes e Gui Salas tentou acompanhar no fim da reta oposta, mas acabou passando duas curvas depois. A janela de pits então foi aberta mais uma vez, no marco de uma hora de corrida.
Enzo e Rubinho ficaram na pista uma volta além de Salas e, na abertura da volta 33, mais uma vez, todos os carros inscritos na prova estavam dentro da área de box servindo suas paradas obrigatórias.
Quando enfim o pelotão foi restabelecido, depois de minutos de muito mais ação na área de boxes que na pista, Marçal Muller retomou a liderança, pressionado por Werner Neugebauer. O terceiro era o #88, com Pedro Boesel. Marcos Regadas e Tiago Camilo completavam o top5.
Na Carrera Sport, liderança para Regadas, na Carrera Rookie, o primeiro era o #85, com Edu Menossi. E na Challenge o líder era o #66, com Sadak Leite.
Na volta 36, Regadas fez bela manobra sobre Boesel no fim da reta dos boxes, assumindo a terceira posição.
Após uma hora e meia de prova, Muller livrou margem superior a 1s sobre Werner nas voltas finais do terceiro stint. Líder na Sport, Regadas vinha relativamente tranquilo em terceiro, com 2s de vantagem sobre Camilo. Boesel completava o top5. Em 13º, Menossi seguia na liderança da Carrera Rookie com o #85. Já pela Challenge e liderança era de Alceu Feldmann Neto, a bordo do #83, com o 21º lugar no geral. Restavam 20 voltas para a bandeirada.
Tiago Camilo e Fefo Barrichello foram os primeiros a entrar nos pits para a terceira e última parada mandatória. Na ponta do pelotão, Werner conseguiu se aproximar de Muller, baixando a margem para 0.5s após 47 voltas de disputa. E a distância foi ainda menor quando os dois entraram nos pits, uma vez que o #544 acabou travando na linha de limite da entrada de box atrás de um retardatário que vinha mais lento. Neugebauer reagiu bem, tirando seu carro da linha para evitar contato com o de Muller.
Regadas levou o #31 para o pit na volta seguinte e, pela terceira vez na prova, todos os carros estavam dentro da área de box.
Enzo Elias e Rubens Barrichello voltaram à pista praticamente colados, para menos de 15 voltas de um stint final que valeria a liderança no campeonato e a vitória na prova.
Outros que voltaram do pit final com apetite foram Dudu Barrichello e Gui Salas. Ambos partiram para o ataque sobre Rodrigo Mello, em pega que favoreceu a chegada de Ricardo Mauricio. Os quatro cruzaram a reta oposta muito próximos. Dudu prevaleceu no fim da reta, Ricardinho tentou um movimento ousado por fora na freada, mas acabou resvalando em outro oponente. E a briga momentaneamente terminou com Dudu à frente de Salas, com Mello e Ricardinho a seguir.
A dez voltas do final, Enzo liderava com margem de 1.2s sobre Rubinho. Jeff Giassi vinha relativamente tranquilo em terceiro, enquanto Salas e Dudu Barrichello trocavam tinta pelo quarto lugar. Ricardinho logo se livrou de Mello e chegou na disputa pelo último lugar do pódio geral.
Salas conseguiu um respiro, mas Dudu e Ricardinho então protagonizaram o pega da corrida, numa disputa muito respeitosa durante quase uma volta inteira lado a lado. Ricardinho tentava bancar a trajetória por fora e Dudu tratava de se defender. Os dois chegaram inclusive a perder uma freada no S de alta, escapando do traçado. Mas retornaram à pista e seguiram na disputa intensa.
Na volta 59 foi acionado o safety-car para o resgate de um carro atolado em uma das caixas de brita.
Enzo tinha 3s sobre Rubinho e este 16s sobre Giassi, que era o melhor Carrera Sport no pelotão. Salas era quarto e Dudu vinha centímetros à frente de Ricardinho em quinto. Em 12º, Caio Collet pilotava o #85 liderando na Carrera Rookie. Em 19º, o #83 seguia como líder da Challenge e vinha nas mãos de Gabriel Casagrande.
A corrida relargaria para uma volta decisiva. Como na abertura do campeonato em Portugal, os dois ponteiros vinham colados, sem retardatários entre eles.
Enzo Elias foi frio para determinar a reaceleração, sem dar chance para Rubinho. No meio do pelotão a disputa foi intensa e Dudu acabou tocado.
Enzo Elias venceu outra vez na Argentina com o #544. Barrichello foi segundo. Ricardo Mauricio prevaleceu ao caos da volta final e foi terceiro no geral. Gui Salas e Beto Gresse completaram o pódio, com o #888 vencendo na Carrera Sport. Em 12º, o #85 ganhou na Carrera Rookie. Em 19º, Gabriel Casagrande confirmou a vitória do #83 na Challenge.
O que eles disseram:
“Obrigado ao Marçal e à Farben pela confiança no meu trabalho. Foi uma vitória muito importante para nós. Segundo em Portugal e primeiro aqui, exatamente o contrário da dupla que está disputando com a gente nos faz chegar na final com uma briga acirrada. Estava com um ótimo feeling para a etapa, tenho boas memórias aqui, ano passado vencemos como dupla e neste ano vencemos de novo como dupla por aqui.”
Enzo Elias
“Foi como tinha que ser, disputado, difícil, com grandes pilotos e muito desafiador. É uma alegria imensa vencer por aqui e chegar na última etapa disputando pelo campeonato. Dedico esta vitória para minha filha que nasceu ao longo da semana e está em casa me esperando.”
Marçal Muller
“Foi um domingo bem disputado. Na última vez largamos na pole e defendemos. Nesta vez largamos em quarto e nos recuperamos. Durante a prova, a gente chegou a liderar a corrida, mas a gente não tinha o ritmo do #544 hoje. Era o máximo que a gente podia esperar. A gente andou bem no limite, forte o tempo inteiro. Temos de sair daqui de Termas de Río Hondo felizes com o segundo lugar.”
Rubens Barrichello
“Concordo com o Rubens (Barrichello). A gente não tinha o melhor ritmo. Consegui recuperar algumas posições na largada e depois acompanhar o Marçal (Müller) nos boxes. Passamos eles e depois eles recuperaram a posição. Foi um dia muito quente, muito difícil para o para os carros também. A gente teve de cuidar dos freios a corrida inteira. Fizemos o que dava e vamos para cima em Interlagos.”
Werner Neugebauer
“Bom, foi um pouco confuso mesmo. Acho que esse momento de relargada para uma volta sempre mais complicado. Tem bastante detritos e borracha na pista. Então esse fim de corrida suja muito os pneus. Com várias voltas com o safety car, sempre é difícil tentar esfriar o pneu e ao mesmo tempo manter ele limpo para a largada. Infelizmente logo na saída teve aquele efeito sanfona, o Ricardo Maurício parou, acertei a traseira dele; parei, o William (Freire) acertou minha traseira. Aí já abriu aquele leque para entrar na reta, e chegamos para fazer a curva um. Acho que o fato de ter os Challenge ali no meio também tornou a situação um pouco mais tumultuada, mas a gente conseguiu contornar bem as curvas 1 e 2. Teve um challenge que ficou por dentro à esquerda e abriu uma oportunidade bem no meio. Consegui levar vantagem e entrei na reta oposta já na liderança para receber a quadriculada no fim. Foi ótimo.”
Betinho Gresse
“Foi bom. A gente acabou erdendo o pedacinho do bigode no meu segundo stint. Só que essa última volta foi mágica. Ninguém entendeu nada, nem a gente. Só vimos que estávamos em primeiro.”
Lineu Pires
“Foi uma experiência legal. Estava muito rápido durante todo o fim de semana. A gente tinha uma liderança confortável, mas o safety car no fim acabou com ela. Estou feliz com a vitória, de poder ajudar o Edu (Menossi) a ganhar. Ele fez um trabalho muito bom também, estava muito quente, muito difícil para todo mundo guiar o carro e fazer os stints. Mas ele fez um trabalho super bom, acabou me entregando o carro na hora certa e no lugar certo. O Nicolas (Costa) chegou a me ultrapassar na última volta, mas dei o troco. A última volta realmente só terminou na bandeirada.”
Caio Collet
“Ter um safety car no final e relargar com uma volta é complicado. O risco era alto de alguém tirar a gente da corrida. O Caio (Collet) estava com uma vantagem muito boa. Enfim, deu certo. Vim pra cá para chegar disputando o título na última etapa e foi muito legal.”
Eduardo Menossi
Foi difícil. Tipo, a gente tenta manter a gratidão o máximo possível. Queria muito esse resultado, porque amanhã é aniversário do Dudu (Barrichello). Queria muito dar esse resultado para ele. Fiz um largadão e entreguei o carro para ele em uma ótima posição. Ele me devolveu também em uma ótima posição, mas a gente estava com problemas de freio em todo o fim de semana. Ele só foi piorando. A gente ainda estava no pódio, mas aí um piloto tirou a gente. É uma pena ver esses caras experientes fazendo esse tipo de coisa, mas é uma pena ter uma corrida jogada no lixo. Mas vamos para Interlagos.”
Fefo Barrichello
“Foi um fim de semana difícil para nós. A gente lutou contra problemas no freio. Ninguém conseguiu achar o que era. Então a gente tinha que frear mais ou menos 50 metros antes de todos. O pessoal estava passando por fora, nas freadas, e não conseguia parar de jeito nenhum. Lamentável. A gente vem até aqui, faz todo o esforço, todos os mecânicos trabalhando nesse calor… não ter um carro nem para competir com os outros é difícil. Então foi um trabalho muito bom do Fefo (Barrichello). Ele conseguiu administrar muito bem esse nosso problema. Mas no fim tive ali uma disputa tentando segurar o quarto lugar. No fim, foi novamente lamentável a gente ter de largar atrás de mais de cinco carros de outra categoria, que são mais lentos. Foi lamentável a decisão da direção de provas. Infelizmente, nosso pneu furou e o carro entortou inteiro na última volta. Foi apenas um abandono depois de todo o trabalho da semana.”
Dudu Barrichello
“Foi muito legal. É muito gratificante estar com Alceu Neto e participando da evolução dele. Primeiro ano dele no automobilismo e já está brigando na frente. Lá em Portugal foi nossa primeira experiência juntos e já deu para ver que logo iríamos buscar coisas grandes. Nessa etapa, colocamos como meta brigar pelas primeiras posições no geral da categoria Challenge, e conseguimos. Tenho que dar os parabéns a ele, a todo o staff dele que está ajudando nessa evolução, e a toda equipe pelo trabalho. A gente acertou muito bem na hora de entrar para os pit stops. Depois foi só imprimir um bom ritmo do início ao fim. Foi uma corrida em que a gente esteve na frente desde o início. Perdemos a liderança em alguns momentos, mas estava difícil para todo mundo. A gente conseguiu lidar muito bem com os problemas, com o calor e com o desgaste de pneus para vencer. Estou muito contente.”
Gabriel Casagrande
“Estou muito feliz. Tenho de agradecer muito ao Gabriel (Casagrande), que é um cara que tem muita experiência, muito habilidoso. Estou muito feliz por compartilhar esse momento com ele, espero compartilhar mais. É uma coisa muito legal, ainda mais apenas no meu primeiro ano de automobilismo.”
Alceu Feldmann Neto
“Foi super positivo. A gente teve uma evolução muito grande de Estoril para cá. Infelizmente a gente chegou muito mal, tentando se recuperar. Quando a gente está doente, o certo é não fazer esforço físico. Estava com atestado de cinco dias, inclusive para ficar de repouso, e vim para cá. Mas foi uma coisa muito legal. Larguei e sofri muito no meu primeiro stint por conta do calor e da gripe. Estava muito mal. Saí do carro vendo tudo meio embaçado. Mas consegui entregar o carro em primeiro para a Letícia (Bufoni) e depois ela conseguiu evoluir ao longo da corrida. Muito feliz por nosso primeiro pódio juntas, acredito que seja o primeiro de muitos. Agora a gente vai focar em Interlagos.”
Antonella Bassani
“Estou muito feliz de ter conseguido finalizar a corrida. Estava bem tensa no começo, porque, além de estar muito doente, era uma pista difícil, rápida. Não andava no carro desde Portugal, em junho. Estava me cobrando muito para não bater, para não rodar, então acabei segurando bastante o ritmo na corrida para não arriscar nada. Estou feliz por isso, que a gente conseguiu terminar. Tivemos vários problemas com o carro em Portugal, rodei lá, e a gente não conseguiu ter um resultado bom. Então, só de terminar e ainda conseguir um código, já estou superfeliz. Vou pegar tudo o que fiz nesse fim de semana para aprender e poder chegar em Interlagos um pouco mais preparada e sem estar doente.”
Letícia Bufoni
Resultado dos 300 km de Termas de Río Hondo:
1 – #544. Marçal Muller e Enzo Elias – 63 voltas
2 – #8. Werner Neugebauer e Rubens Barrichello +1.550s
3 – #88. Pedro Boesel e Ricardo Maurício +4.183
4 – #1. Alceu Feldmann e Guilherme Salas +4.350
5 – #888. Lineu Pires e Beto Gresse (S) +5.191
6 – #77. Francisco Horta e William Freire (S) +6.883
7 – #31. Marcos Regadas e Jeff Giassi (S) +9.412
8 – #3. Franco Giaffone e Cesar Ramos +10.187
9 – #27. Josimar Junior e Sergio Ramalho (S) +10.342
10 – #80. Rouman Ziemkiewicz e Nelson Piquet Jr. (S) +10.893
11 – #29. Rodrigo Mello e Thiago Camilo +11.608
12 – #85. Eduardo Menossi e Caio Collet (R) +12.042
13 – #33. Bruno Campos e Nicolas Costa (R) +12.259
14 – #100. Sebá Malucelli e Marcos Gomes (R) +15.021
15 – #111. Fefo Barrichello e Dudu Barrichello +18.890
16 – #70. Lucas Salles e Rafael Suzuki +19.211
17 – #14. Carlos Campos e Tony Kanaan (S) +26.402
18 – #25. Paulo Sousa e Galid Osman (R) +1:19.246
19 – #83. Alceu Feldmann Neto e Gabriel Casagrande (R) – 1 volta
20 – #60. Ramon Alcaraz e Matheus Iorio (R) – 1 volta
21 – #66. Sadak Leite e Fabio Carbone – 1 volta
22 – #74. Piero Cifali e Edu Guedes (R) – 1 volta
23 – #19. Luiz Landi e Tom Filho (R) – 1 volta
24 – #38. Eric Santos e Gabriel Robe (R) – 1 volta
25 – #45. Matheus Roque e Felipe Baptista (S) – 2 voltas
26 – #23. Leonardo Herrmann e Vitor Baptista (S) – 2 voltas
27 – #999. Cláudio Reina e João Gonçalves (R) – 2 voltas
28 – #199. Nelson Marcondes e Luiz Razia (S) – 2 voltas
29 – #15. Leonardo Sanchez e Átila Abreu (R) – 2 voltas
30 – #72. Antonella Bassani e Leticia Bufoni (R) – 2 voltas
31 – #17. André Gaidzinski e Tiago Gonçalves (R) – 3 voltas
32 – #56. Peter Ferter e Diego Nunes (S) – 5 voltas
33 – #44. Giuliano Bertuccelli e Pietro Rimbano (S) – 7 voltas
34 – #2. Luiz Souza e Bruno Bonifácio (S) – 7 voltas
35 – #808. Iago Garcia e Cecília Rabelo (R) – 10 voltas
DNF
22 – #12. Marco Pisani e Renan Guerra (R)
5 – #7. Miguel Paludo e Alan Hellmeister
Em itálico: pilotos da classe Challenge
(S) Sport / (R) Rookie
Sobre a Porsche Cup C6 Bank
Maior evento de GT da América Latina, a Porsche Cup C6 Bank realiza campeonatos no Brasil desde 2005. É a maior categoria monomarca e monogestão do País, mandando para a pista a cada evento cerca de 40 carros, rigorosamente idênticos. Os modelos usados na categoria são o Porsche 911 GT3 Cup, das gerações 992, 991-2 e 991-1. É o carro de competição mais produzido e vendido no mundo, realizando corridas tanto em eventos-suporte de categorias como F1, 24H de Le Mans, IMSA etc, quanto em eventos proprietários. No Brasil o campeonato tem nove etapas, sendo seis de sprint (com duas corridas de até 30 minutos cada) e três de endurance, com provas de 300 a 500 km nas quais os pilotos formam tripulações de duplas ou trios.
Por: Luis Ferrari