Com várias conquistas em provas importantes de 24 horas, piloto da BMW reconhece: “Ainda me falta Le Mans. Seria algo único”
O currículo de Augusto Farfus fala por si e traduz uma das carreiras mais vencedoras de pilotos brasileiros no automobilismo internacional nos últimos anos. O curitibano de 40 anos já triunfou em famosas provas de 24 horas, como em Nürburgring (2008, 2010 e 2011), Dubai (2011), Daytona (2019 e 2020), além de já ter alcançado o título da Copa do Mundo de GT (2018) e do Intercontinental GT Challenge (2020), e o vice-campeonato do DTM (em 2013), fora as conquistas do início da sua trajetória, nos monopostos.
Farfus persegue agora o troféu que seria a ‘cereja do bolo’ em meio a tantas vitórias: as 24 Horas de Le Mans — quarta etapa da temporada 2024 do Mundial de Endurance (FIA WEC) —, que serão disputadas entre 15 e 16 de junho e antecedem a Rolex 6 Horas de São Paulo. Com ingressos já à venda, a prova brasileira será realizada em Interlagos, no dia 14 de julho.
“Vencer Le Mans seria algo único. Já venci em Nürburgring, Daytona, Dubai e falta Le Mans para o currículo. Seria uma das maiores conquistas da minha carreira, tenha certeza”, pontuou Augusto. Farfus vai para sua sexta participação nas 24 Horas de Le Mans. Antes, o paranaense correu em La Sarthe em 2010, 2011, 2018, 2019 e 2020. Quase sempre com a BMW, marca pela qual Augusto é ligado desde 2007. A exceção é a edição 2020 da prova francesa, na qual Augusto competiu pela Aston Martin Racing.
Seu melhor resultado em Le Mans foi obtido justamente no ano da sua estreia, em 2010, quando correu em parceria com os alemães Jörg Müller e Uwe Alzen. O trio finalizou em sexto na classe GT2. Mas foi no ano seguinte que Farfus alcançou seu feito mais marcante na pista de pouco mais de 13 km de extensão: “Meu momento mais incrível em Le Mans foi em 2011, quando fiz a pole com a BMW M3 GT2. Foi a primeira vez que os carros GT quebraram a barreira dos quatro minutos. Foi um dia muito feliz”, salientou Farfus.
“Estamos muito fortes” — A temporada 2024 do Campeonato Mundial de Endurance já teve três etapas até agora. Ao lado do indonésio Sean Gelael e do britânico Darren Leung, Farfus venceu as 6 Horas de Ímola, segunda prova do calendário, em abril, com o BMW M4 LMGT3 #31 do Team WRT. Nas outras, o triunfo ficou para a Porsche: a Manthey Pure Rxcing, líder do campeonato, faturou a prova Qatar Airways 1812 Km do Qatar com o 911 GT3 R #92, enquanto a coirmã Manthey EMA levou a melhor na TotalEnergies 6 Horas de Spa-Francorchamps.
Farfus reconheceu o bom momento da marca de Stuttgart, mas deixou claro: a BMW também tem grandes chances de vencer as 24 Horas de Le Mans. “A Porsche está voando neste ano, sem dúvidas. Mas em Spa, se não houvesse o acidente, teríamos chegado na frente do Porsche #92 e talvez poderíamos até ter vencido. Então também estamos muito fortes. E em Le Mans, com as altas velocidades, nossa M4 vai andar muito bem”, concluiu.
“Le Mans é diferente” — Competidor assíduo nas corridas de longa duração, Farfus conhece bem as nuances e peculiaridades de cada prova e ressaltou o segredo para trilhar o caminho da vitória na mais famosa corrida do endurance mundial.
“Em Le Mans, minimizar os erros é fundamental. Mas a corrida tem uma dinâmica diferente, por exemplo, de Daytona, onde você pode esperar as últimas quatro, cinco horas, para ir para o ataque. Le Mans é uma prova que, se você quiser vencer, é preciso sempre estar junto dos líderes, o tempo todo. E as 24 Horas de Le Mans são atípicas também pelas características da pista”, salientou.
Augusto Farfus
Idade: 40 anos (03/09/1983)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Categoria: LMGT3
Equipe: Team WRT
Carro: BMW M4 LMGT3
Número: #31
Participações nas 24 Horas de Le Mans: 5 (2010, 2011, 2018, 2019 e 2020)
Companheiros de equipe: Sean Gelael (IDN) e Darren Leung (GBR)
Currículo: campeão das categorias Fórmula Renault 2000 Europeia (2001), Fórmula 3000 Europeia (2003), FIA GT World Cup (2018), Intercontinental GT Challenge (2020); vencedor das provas 24 Horas de Nürburgring (2008, 2010 e 2011), 24 Horas de Dubai (2011) e 24 Horas de Daytona (2019 e 2020, classe GTLM); vice-campeão do DTM (2013); 15 vitórias no WTCC (entre 2005 e 2009); vencedor nas 6 Horas de Ímola do FIA WEC (2024)
SOBRE O CAMPEONATO MUNDIAL DE ENDURANCE (WEC) DA FIA
O WEC é o principal campeonato internacional de carros esportivos do mundo, oferecendo aos fabricantes de automóveis uma relevância real para os avanços no design de carros de produção e na tecnologia, desempenho e segurança de crossovers. Regulamentações fortes e estáveis permitem protótipos esportivos complexos, mas bonitos, com o que há de mais moderno em tecnologia híbrida, fornecedores independentes de chassis e motores competindo nos mais altos níveis, e as principais marcas de carros de luxo do mundo enfrentando-se nas pistas.
O WEC oferece às equipes, pilotos, parceiros e partes interessadas um palco único para competir nos principais circuitos de corrida em todo o mundo. Classificado ao lado das Olimpíadas, do Super Bowl e da Copa do Mundo de Futebol, a pedra angular do WEC continua sendo um dos maiores eventos esportivos do mundo, as 24 Horas de Le Mans. Disputado em oito etapas na América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e Oriente Médio, o campeonato reúne corridas de distâncias variadas, desde as mais curtas, com 6 horas, até a mais longa, com 24 horas.
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Por: Rolex 6 Horas de São Paulo