Conforto, tecnologia, design e agora turbo. Chegou o Cruze 2017
A Chevrolet entrou finalmente na era do downsize de motor. O escolhido para esta revolução que vem tomando conta do mundo automobilístico foi o sedan médio da marca da “gravatinha”, o Cruze.
O carro que foi apresentado ao Brasil em 2011 e passou por uma leve reestilização em 2014, agora se modernizou por completo e se conecta com a vanguarda do design da categoria.
O veículo é produzido na Argentina, na cidade de Rosário, foi apresentado ao país na última semana (31/05) no campo de provas da GM, em Cruz Alta (CPCA)
Imediatamente somos atraídos pelas belas linhas do carro. O perfil afilado da dianteira tem um ar agressivo, com uma grade que remete a lembrança ao novo Camaro.
As linhas laterais também remetem força e velocidade; na parte frontal um vinco partindo dos faróis circundam a caixa de rodas e dão a impressão de músculos. Outra linha acompanha toda lateral até a parte traseira, demarcando a linha das maçanetas.
Na traseira novas e belas lanternas que invadem a lateral, e no topo do vidro traseiro um brake-light incorporado, que trouxe discrição, estilo e funcionalidade.
Internamente temos um cabine extremamente ergonômica, seguindo a ideia de dual cockpit. Novo quadro de instrumentos (cluster), volante com comandos incorporados, nova tela de 8’ do Mylink, novos comandos para ar condicionado muito mais intuitivos, e o botão de start.
O carro recebeu uma nova plataforma, e com isso ganhou maior entre-eixos e um acréscimo de 6 cm para os passageiros do banco traseiro. Os mais altos continuarão sentindo o desconforto da cabeça batendo no teto, já que o sedan com curvatura do teto lembrando um cupê, acaba penalizando os passageiros, mas não é “privilégio” somente do Cruze.
Onde o carro mais impressiona, é sem dúvidas no quesito tecnologia. O novo Cruze tem: computador de bordo que oferece informações de pressão dos pneus (em kpa), vida útil do óleo do motor, carga no pneu, consumo (km/l), autonomia, velocímetro digital entre outros.
Cabe citar ainda que o carro tem alerta de mudança de faixa, com correção de trajetória, alerta de colisão frontal, sensor de colisão dianteiro, sensor de ponto cego com visualização nos espelhos retrovisores externos, assistente de estacionamento, carregador de celular por indução (wi-fi) e banco do motorista com regulagens elétricas.
A nova central multimídia é de 8’ touch (MyLink 2) , com Android Auto e Apple CarPlay, permitindo espelhar o seu smartphone. Além disso, o carro é equipado com o excelente sistema Onstar de fábrica.
O último grande atrativo deixei para citar pouco antes das impressões que tive do veículo. O novo motor 1.4 flex com comando variável de válvulas, injeção direta de combustível, que tem bloco de alumínio e entrega 150 cv (g)/ 153 cv (e) a 5.200 rpm, com 24 (g)/ 24,5 (e) mkgf de torque a 2.000 rpm.
Impressões de dirigir
Imediatamente se esperam acelerações vigorosas e de tirar o fôlego, pela utilização do turbo. Neste ponto não houve nenhuma decepção, o carro responde prontamente a qualquer pressão mais forte no pedal do acelerador.
Isso traz principalmente segurança em ultrapassagens. As velocidades finais não chegam a emocionar, mas esta não é mesmo a proposta do veículo, e sim o conforto.
O conforto é excepcional para motorista e passageiros, dede que não se tente colocar cinco pessoas, e os que ocupam o banco de trás não tenham estatura muito elevada.
A condução para o motorista é prazerosa, já que a direção elétrica e leve e precisa. Os comandos estão corretamente distribuídos e bem ao alcance das mãos (ergonomia muito bem pensada).
Ficou faltando novamente o padle-shift (alavancas para troca de marchas atrás do volante), no lugar estão comandos para troca de emissora e volume do sistema de áudio.
A suspensão é firme, mas privilegia o conforto. Em condução mais agressiva o carro apresentou uma pequena tendência ao “rolling” de carroceria, e saídas de frente.
O nível de ruído interno é baixíssimo, demonstrando um excelente trabalho da fábrica e uso de matéria fonoabsorvente de boa qualidade.
Resumo
Como foi somente um contato de impressões de dirigir, não tivemos a possibilidade de fazer medições de consumo mais profundas, mas na estrada indo de São Paulo para Indaiatuba, chegamos a média de 17 km/l.
O carro ficou muito mais bonito que a versão que a antecede, e as rodas agora são de aro 17’ com desenho exclusivo, faltou o padle-shift, já que seus dois principais concorrentes (Honda Civic e Toyota Corolla) oferecem o dispositivo nas versões mais completas.
Ficha Técnica
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16V, comando duplo, turbo, injeção direta, flex
Cilindrada: 1.395 cm³
Potência: 150/153 cv a 5.200 rpm
Torque: 24/24,5 kgfm a 2.000 rpm
Câmbio: Automático de seis marchas, tração dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão: Independente McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteira) e discos sólidos (traseira)
Pneus: 215/50 R17
Comprimento: 4,66 metros
Largura: 1,79 metro (sem retrovisores)
Altura: 1,48 metro
Entre-eixos: 2,70 metros
Tanque: 52 litros
Porta-malas: 440 litros (fabricante)
Peso: 1.321 kg
Texto e Fotos – João Vasconcelos