O Renault Duster é mais uma criação da divisão romena da fábrica francesa. Nasceu como Dácia Duster e desembarcou no Brasil em 2011.
A proposta sempre foi ter um SUV robusto e com baixo preço, algo que a fábrica atendeu de imediato, se mostrando um rival à altura do concorrente na época Ford Ecosport. Com a chegada de diversos concorrentes (Honda HRV, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e Peugeot 2008) a Renault se viu obrigada a mexer para não ficar em desvantagem no mercado.
As mudanças não foram profundas, mas o suficiente para deixar o carro com um aspecto mais atual..
Design
O carro ganhou uma nova grande, deixando de lado as barras cromadas por um filete em preto brilhante, onde o logo da marca ganha destaque e se incorpora a identidade visual da marca. O novo para-choque dianteiro tem uma peça pintada de prata que imita quebra-mato.
Na traseira ocorreu a mesma coisa, com o nome do veículo agora sendo aplicado a uma barra em preto brilhante, na parte inferior do para-choque também pintada de prata uma imitação de extrator de ar.. O farol dianteiro tem um novo arranjo no globo ótico, e as lanternas traseiras que também adotaram um novo lay-out, tem leds.
Por dentro algo que salta aos olhos é a posição mais alta do console central, que agora divide o painel ao meio. O console é em material plástico de preto brilhante, com detalhes em marrom nas saídas de ar.
Os bancos são de couro em dois tons, mas continuam oferecendo pouco apoio lateral. A destacar que todas as mudanças foram realizadas pelo Centro de Design da Renault Latino Americana, com base no carro conceito D-Cross mostrado no Salão do Automóvel de 2012.
O Duster é o único SUV que possue ângulos de ataque e saída comparáveis ao do Jeep Renegade, e isso lhe permite realmente enfrentar off-road mais radical, sem correr o risco de danificar o carter, ou encalhar em algum “facão”.
A versão testada foi uma “Dynamique” 4X2, com câmbio mecânico de 6 velocidades e motor 2.0. Noss carro estava ainda equipado com pneus são 205/60 R16, Falta a montadora oferecer controle de estabilidade/tração.
Vida a bordo
Internamente o Renault Duster manteve algumas falhas que incomodam o condutor. O controle dos vidros elétricos está em uma posição distante das mãos, e a regulagem dos espelhos retrovisores segue embaixo do freio de estacionamento.
Se por um lado a ergonomia penaliza o conjunto, por outro lado temos de elogiar a parte tecnológica. Primeiro por causa do Mídia Nav Evolution, que rádio, CD, USB, GPS, telefonia por blue-touch, e Eco-Scoring e Eco-Coaching.
O sistema multimídia com tela touch-screen de 7’ é de série nesta versão e ainda permite se conectar ao Twitter e Facebook, via um aplicativo por intermédio do seu Smartphone. O GPS por sua vez utiliza conexão por ondas de rádio, ao invés de internet móvel para obter informações de trânsito (algo similar ao aplicativo Waze), mas disponível o serviço somente oito capitais).
O espaço interno é muito bom para categoria e o porta malas com os bancos traseiros que são rebatíveis no formato 1/3, 2/3 na posição normal é de 475 litros.
O cluster é exatamente igual ao do Logan, com o qual compartilha a plataforma, tendo contagiros na extrema esquerda, ao lado o velocímetro e à direita um instrumento digital onde se alterna as informações do computador de bordo.
O volante trás acionamento para piloto automático e controle de áudio e telefonia, este último em um satélite logo atrás do volante no lado direito. Destaque para um indicador na parte inferior do velocímetro que indica o melhor momento para troca de marcha.
Uma seta indica se devemos colocar uma marcha ascendente ou reduzir. O carro em ainda função Eco-Mode, que limita o torque do motor e funcionamento do ar condicionado, tudo pensando em melhorar o consumo de combustível.
A função Eco-Scoring na tela do Media Nav, pontua o condutor com estrelas se está acelerado, trocando marcha e se antecipando no momento certo. Ao lado aparece ainda uma escala em forma de folha que inicia em 100 pontos, e conforme se conduz diminui ao aumenta. Isso auxilia sobre maneira para se economizar combustível e poluir menos.
Já o Eco-Coaching dá varias dicas de condução para o motorista, como a importância de sempre descer ladeiras e serras engatado, já que além de aumentar a segurança e poupar freios, faz com que se tenha redução no consumo. A posição do Media Nav no entanto, está um pouco baixa, obrigando ao condutor desviar a atenção do tráfego para ler as informações.
Para um veículo alto e de dimensões avantajadas um sensor de estacionamento é fundamental, e isso o Duster tem. Para melhorar ainda mais o modelo testado tem de série a câmera de ré.
Condução
Nosso veículo se mostrou muito agradável de conduzir no off-road, já no uso citadino continua sendo cansativo por causa da densidade do banco.
A dupla motor e câmbio trabalham em perfeita sincronia e ficou ainda melhor com 6 velocidades. O trabalho de isolamento acústico melhorou muito e agora em altas rotações os passageiros não se incomodam mais, podendo manter uma conversação sem a necessidade de elevar o tom de voz.
O consumo de combustível continua na cidade acabou ficando na marca de 8,7 km/l e na estrada chegamos a obter a marca de 10,8 km/l, sempre utilizando etanol.
Conclusão
Se sua intenção for comprar um SUV que possa não somente desfilar como carro da moda, como também colocar o mesmo no off-road e quiser gastar menos, o Duster é sua escolha.
A versão que testamos custa pouco R$86.050,00.
Se tiver ainda mais alguns trocados no bolso e quiser fazer estripulias ainda maiores no fora de estrada opte pela versão 4X4.
Ficha técnica
Motor: 2.0 dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16V Flex.
Potência: Potência:148/143 cv (E/G) a 5.500 rpm
Torque: 20,7/19,6 mkgf (E/G) a 5.750 rpm
Câmbio: mecânico de 6 marchas.
Aceleração 0 a 100 km/h: 14,3 s
Velocidade máxima: 186 km/h (informação do fabricante)
Largura: 1823 mm
Comprimento: 4329 mm
Altura: 1699 mm
Entre-eixos: 2673 mm
Peso: 1202 kg
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 475 Litros
Texto e Fotos: João Vasconcelos