Acidente de Alonso mudou a dinâmica da corrida na Austrália
As Mercedes largaram das duas primeiras posições do grid, mas logo na largada foram superados pelos Ferrari de Vettel e Räikkönen. Se no início tudo fazia crer que finalmente a Mercedes seria derrotada, a estratégia após o acidente entre Fernando Alonso (Mclaren) e Esteban Gutierrez (Hass), permitiu a Nico Rosberg e Lewis Hamilton suplantarem Sebastian Vettel.
Vettel fez uma excelente largada pulando da terceira posição para liderança, e levou consigo Räikkönen, que aproveitou a luta na primeira curva entre os pilotos da Mercedes. Para Red Bull de Daniil Kivyat a corrida nem começou, já que seu carro parou ainda na primeira volta de apresentação; Rosberg fechou a primeira volta em terceiro.
Hamiton que tracionou muito mal, fechou a volta somente em sexto, atrás do brasileiro Felipe Massa (Williams). O alemão da Ferrari não perdeu tempo e rapidamente foi abrindo vantagem, e em poucas voltas já tinha mais de dois segundos sobre o companheiro.
Rosberg vinha procurando não deixar o finlandês escapar e mais atrás aparecia o holandês Max Verstappen (Toro Rosso). Hamilton levou quatro voltas para superar Massa, e depois logo chegou em Verstappen.
Neste ponto Hamilton percebeu que não seria nada fácil superar Versttapen, empurrado pelo forte Ferrari da Toro Rosso. Rosberg foi o primeiro a ir aos pits para trocar os pneus, e optou pelos macios, essa mudança garantiu ao alemão a vantagem sobre Räikkönen.
A Ferrari chamou Vettel na volta seguinte, e este optou pelos super-macios, e voltou à frente de Rosberg, e rapidamente conseguiu fugir do piloto da Mercedes. Na volta 17 aconteceu o acidente que iria mudar os destinos da corrida.
Fernando Alonso se aproximou rapidamente de Esteban Gutiérrez, mas na frenagem da curva 3 o espanhol errou na aproximação e bateu no no pneu traseiro esquerdo do carro do mexicano. O McLaren de Alonso bateu no muro do lado esquerdo da pista, e capotou ao entrar na brita e bateu violentamente no guard-rail.
Felizmente Alonso conseguiu sair sozinho do carro, e mesmo meio atordoado escapou sem nenhuma lesão. Como a pista ficou coberta de detritos, a corrida foi interrompida com bandeira vermelha. Foi nessa hora que as mudanças de estratégias mudaram os “ventos” em direção aos “flechas de prata”.
Rosberg trocou os seus pneus macios pelos médios, exatamente a mesma escolha que Hamilton havia optado na sua primeira parada. Os carros da Ferrari mantiveram os super-macios.
Vinte minutos após a interrupção ocorreu a relargada, e Vettel abriu uma pequena vantagem sobre Rosberg graças aos pneus, mas sem jamais abrir uma distância que o permitisse sonhar com uma nova troca e manutenção da posição. Kimi Räikkönen logo foi obrigado a abandonar, com problemas na unidade do se carro.
Na 34ª volta Vettel fez sua segunda parada, desta vez trocando os super-macios por macios, e volta virando muito rápido tentando recuperar a desvantagem para os homens da Mercedes. Perto do final Vettel encostou em Hamilton, e dava claras mostras que tinha condições de passar pelo atual tricampeão, que estava com os pneus desgastados.
Na volta 51 Vettel erra, sai da pista e dá adeus as chances de roubar o segundo lugar do britânico. Lá na frente Rosberg tinha 9 segundos de vantagem sobre o companheiro de equipe.
Rosberg fez uma ótima corrida, e conservou seus pneus médios por quarenta volta, com isso levou a primeira vitória da temporada, a sua quarta seguida desde o ano passado. Na quarta posição terminou o australiano Daniel Ricciardo, que chegou a rodar nas posições do pódio, viu a bandeirada de xadrez na quarta posição a mais trinta segundo.
Felipe Massa fez uma corrida consistente e terminou em quinto, mas seu Williams-Mercedes ainda está muito longe das Mercedes e Ferrari, e em condições normais também é presa fácil para a Red Bull e a Toro Rosso. O grande destaque da prova foi para a bela estreia da Hass de Romain Grosjean, que terminou na sexta colocação.
A Hass só fez uma parda para troca de pneus, graças principalmente a bandeira vermelha, mas mostrou que o carro é muito bem equilibrado. Prova disto foi ter resistido sem grandes dificuldades ao Force India de Nico Hulkenberg.
Hulkenberg, por sua vez, foi muito pressionado Valtteri Bottas, Carlos Sainz e Max Verstappen. Versappen se mostrou afoito em alguns momentos, e pressionou muito a equipe pelo rádio, para tentar uma ordem de box para alterar sua posição com Sainz.
A volta da Renault não foi nem animadora, nem decepcionante. Jolyon Palmer mostrou arrojo, mas acabou sendo superado pelos dois carros da Toro Rosso e ficou em 11º. Seu companheiro de equipe Kevin Magnussen foi o 12º.
Já o brasileiro Felipe Nasr (Sauber) fez uma corrida apagada e terminou em 15º. A Sauber não evoluiu nada em relação ao ano passado, na verdade parece mais que deu um passo para trás.
Resultado do GP da Austrália:
1 – Nico Rosberg (Mercedes W07) – 57 voltas emi 1h48m15s565
2 – Lewis Hamilton (Mercedes W07) – 8s060
3 – Sebastian Vettel (Ferrari SF16-H) – 9s43
4 – Daniel Ricciardo (Red Bull RB12-Tag Renault) – 24s330
5 – Felipe Massa (Williams FW38-Mercedes) – 58s979
6 – Romain Grosjean (Haas VF16-Ferrari) – 1m12s081
7 – Nico Hulkenberg (Force India VJM09-Mercedes) – 1m14s199
8 – Valtteri Bottas (Williams FW38-Mercedes) – 1m15s153
9 – Carlos Sainz (Toro Rosso STR11-Ferrari) – 1m15s680
10 – Max Verstappen (Toro Rosso STR11-Ferrari) – 1m16s833
11 – Jolyon Palmer (Renault R16) – 1m23s399
12 – Kevin Magnussen (Renault R16) – 1m25s606
13 – Sergio Perez (Force India VJM09-Mercedes) – 1m31s699
14 – Jenson Button (McLaren MP4/31-Honda) – 1 volta
15 – Felipe Nasr (Sauber C35-Ferrari) – 1 volta
16 – Pascal Wehrlein (Manor MRT05-Mercedes) – 1 volta