Sérgio Sette encerrou em 11º a última etapa do Mundial de Fórmula-E

Disputas aconteceram no circuito do ExCel Arena, em Londres – Inglaterra

Divulgação
(ERT Formula-E Team)

Neste domingo (21) terminou de forma emocionante a 10ª temporada do Campeonato Mundial de Fórmula-E. Em disputas eletrizantes, que se estenderam literalmente até a última volta da corrida final, o alemão Pascal Wehrlein sagrou-se o campeão ao cruzar a linha de chegada na segunda colocação. Em boa prova de recuperação o brasileiro Sérgio Sette Câmara, que havia largado da 18ª colocação, completou a prova em 11º.

A temporada da Fórmula-E foi muito intensa e, como acontece há vários anos, passou pelos cinco continentes do planeta. Na rebatizada equipe ERT Fórmula-E Team (antiga NIO333 Racing) o piloto brasileiro, que disputou em 2024 a sua quinta temporada na competição, teve um ano difícil, porém, onde trabalhou muito com seu time no desenvolvimento do carro GEN3 da equipe Anglo-Chinesa.

As disputas deste fim de semana, realizadas em sistema de rodada dupla, foram válidas pela 15ª e 16ª etapas do Campeonato Mundial. Este sistema de disputas, aliás, tem agradado cada vez mais aos promotores e aos fãs da categoria que terá, em 2025, seis eventos com corridas aos sábados e domingos.

Apesar de teoricamente o técnico traçado da ExCel Arena ser favorável aos carros da equipe ERT, na prática, os pilotos sofreram muito com falta de potência e, principalmente, falta de confiabilidade do equipamento. Alguns problemas na central eletrônica do carro tiraram de Sette Câmara a chance de lutar por boas posições nas sessões classificatórias tanto de sábado, como no domingo.

Na corrida de sábado, 15ª etapa do Campeonato, Sérgio largou literalmente da última posição do grid – 22º lugar. Sem ritmo em seu carro o brasileiro e seu companheiro de equipe estiveram no fim do pelotão praticamente durante toda a prova. Num momento de sorte, porém, o safety-car foi acionado faltando cerca de 10 voltas para fim e, deixou a pista, quando faltavam 7 giros para a bandeirada. Com o pelotão realinhado e cerca de 8% a mais de bateria que os carros que vinham disputando posições a corrida inteira, Sérgio aproveitou a oportunidade para acelerar o máximo possível, ganhou 10 posições e cruzou a linha de chegada no 12º lugar.

No domingo, em mais uma classificação frustrante, o carro #3 da equipe ERT não atingiu a performance esperada com o mesmo problema eletrônico que apresentou durante todo o fim de semana. Sette Câmara ficou apenas com 18ª posição para o grid da última e decisiva corrida do ano. Em uma prova eletrizante, em que os protagonistas pela luta pelo título travaram uma bela disputa pelas primeiras posições, o brasileiro esteve na segunda parte do pelotão. Esperando as oportunidades de escalar o pelotão, contando apenas com toques e quebras dos adversários, Serginho seguiu de forma muito profissional até a última volta quando recebeu a bandeirada final na 11ª posição.

Ao final da 10ª temporada do Campeonato Mundial de Fórmula-E Sérgio Sette Câmara concluiu o ano na 20ª colocação com um total de 11 pontos conquistados.

“Eu faço um balanço positivo da minha participação pessoal nesta temporada. Eu tenho certeza que extraí tudo o que eu podia em termos de pontos. Infelizmente, na corrida de Misano, eu acabei sendo prejudicado por uma penalização técnica da equipe e, com isso, perdi 8 pontos que, na classificação final da temporada, me faria subir 2 posições. Tiramos o máximo do carro, porém, foi um ano muito complicado. Meu carro quebrou bastante e nos deixou em várias situações difíceis. Por vezes não consegui fazer os treinos livres, em outras quebrou na classificação nos deixando largar das últimas posições, como aconteceu foi nesse fim de semana. Na corrida também, por um problema de software acabei perdendo todas as posições na largada e, no decorrer da prova, tive inúmeras vezes este mesmo tipo de problema. Nesse cenário, então, se torna impossível tirar tudo do equipamento. Eu tenho certeza que dei o meu melhor na pista. Os engenheiros e mecânicos também fizeram o melhor de cada um. Esses problemas que tivemos, na maioria das vezes, não acontecem por causa dos profissionais, mas, por conta de um motor que está no carro e não temos como alterar isso. Espero realmente que para a próxima temporada, com as mudanças para o GEN3 EVO, a equipe possa superar de uma vez por todas esses problemas e consiga entregar para os pilotos, engenheiros, mecânicos e diretores os bons resultados que todos merecem”, concluiu o brasileiro de 26 anos.

Por: Sérgio Sette | Assessoria de Comunicação

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