Liderança pode vir com a primeira vitória de um paranaense em casa
O santo de casa precisará fazer, senão um milagre, pelo menos todo certo para pôr fim a um longo tabu que persegue os paranaenses na Stock Car. Desde que o Autódromo Internacional de Curitiba-Pinhais passou a receber a categoria, e lá se vão nada menos de 49 corridas, jamais um piloto local venceu diante do seu público. Acabar com essa maldição é o desafio do curitibano Júlio Campos, que no mês passado no Velopark (RS) se transformou no primeiro a subir duas vezes ao pódio desde que o sistema de rodadas duplas foi implantado no ano passado.
E a possibilidade de finalmente encerrar essa escrita – seu melhor resultado em Curitiba foi o 3º no final da temporada de 2010 – nunca pareceu tão real para Campos. Um dos destaques da atual geração, o piloto da Pratu-Donaduzzi está em segundo lugar na classificação com 59 pontos, apenas três atrás do líder Cacá Bueno. “Nosso carro vem melhorando desde o início do campeonato. Como estamos brigando pelo título, que é o nosso maior objetivo, a prioridade será continuar somando o maior número de pontos possível. Mas temos todas as condições de brigar pela vitória”, avisa.
Campos, no entanto, reconhece que o circuito da região metropolitana da capital paranaense tem sido aquele onde historicamente a equipe tem encontrado maiores dificuldades. “É verdade que nosso retrospecto em Curitiba não é dos mais brilhantes. Nas corridas, até que o ritmo sempre foi bom, mas nos faltava um pouco de velocidade nos treinos classificatórios. E em algumas oportunidades não levamos sorte. Duas vezes sofri com um pneu furado quando estava entre os primeiros”, lembra.
No início do ano, a Stock Car passou por Curitiba para a única sessão de treinos coletivos. Na avaliação de Campos, os resultados foram inconclusivos na comparação com as outras equipes porque a Prati-Donaduzzi não conseguiu utilizar os pneus novos. “Mas já na época deu para ver que havíamos evoluído em relação à prova anterior, no fim do ano passado. Acredito que desta vez poderemos largar no máximo até a quarta fila, o que nos permitirá lutar pelo objetivo de fazer ao menos um pódio e um Top 10.”
A quarta etapa do calendário será disputada com as temperaturas mais baixas até agora. A máxima não deverá ultrapassar os 21 graus e a mínima baterá nos 8 graus. A chance de chuva, presença quase permanente em Pinhais, parece afastada ao longo do fim de semana. “Esse clima é melhor para todos – para os pilotos, que não sentem tanto o desgaste físico, para os pneus, motor e todos os demais componentes do carro”, concluiu. As atividades de pista serão abertas na sexta-feira, com a primeira sessão de ensaios livres.
Márcio Fonseca (MTb 14.457)
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