Testamos o Fluence GT Line 2016

Renault Fluence GT Line 2016 cara de esportivo, coração de sedã de luxo

 

 

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La ImagemO Renault Fluence GT Line 2016 traz o visual esportivo, embora o desempenho esteja longe disto. De qualquer modo o carro esbanja estilo, conforto e uma vasta lista de acessórios.

O GT Line faz juz a sigla GT (Gran Turismo), ou seja um sedã de luxo, porque para ser esportivo necessitaria de um motor como o do extinto GT que era equipado com motor turbo dois litros de 180 cv e câmbio manual de seis velocidades, ou então do GT2 oferecido na Argentina e que tem a mesma configuração turbo, mas com 190 cv. Nessa nossa versão o Fluence é equipado com um motor dois litros aspirado, mas com 143 cv ( quando abastecido com etanol) e o câmbio é o CVT de seis velocidades.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

Design

O carro foi remodelado pela equipe da Renault Design América Latina (RDAL), o único estúdio de design da marca no continente americano, localizado em São Paulo, e um dos cinco do mundo. São várias mudanças na parte externa.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

Na dianteira do veículo destaca-se o logotipo da Renault, que avança tanto no capô quanto no para-choques, que é a nova identidade visual da marca desde 2014. Na parte inferior, integrado ao para-choque foi instalado um spoiler abaixo da entrada de ar e os faróis de neblina são envoltos por uma moldura prateada.

Nas extremidades dos para-choques o carro conta com o DRL (Day Running Light) em led. Na lateral destaque para as saias laterais e as rodas de cinco raios, com aro de 17 polegadas de diâmetro e desenho exclusivo. As rodas são calçadas por  pneus 250/55.

renault_fluence_gt_line_2016_029

Já na traseira um pequeno spoiler é incorporado à tampa do porta-malas, como se fosse uma peça única. O escapamento é envolvido pelo extrator de ar na cor preta e o para-choque recebe pequenas saídas de ar nas extremidades.

Na tampa do porta-malas está a inscrição GT Line, que identifica a versão.

Vida a bordo

Na parte interna, no painel, há um filete vermelho em toda extensão do acabamento em black piano e costuras da mesma cor no volante e nos bancos de couro. O nome da versão também está estampado nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros, e as costuras do descansa braço central e laterais de porta têm as mesmas costuras vermelhas.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

Reforçando ainda mais o ar esportivo do carro, os pedais são em alumínio. Na parte de luxo e conforto, não se pode esquecer do teto solar, da chave-cartão “hands free”, que permite travar e destravar as portas sem a necessidade de manusear a chave e dar partida no motor sem a chave no contato; o ar-condicionado digital dual zone com saída de ar para o banco traseiro e a direção elétrica.

A parte de entretenimento, conta com multimídia R-Link, com tela de 7 polegadas. Este multimídia conta com um sistema touch, semelhante aos adotados em smartphones e comando de voz para efetuar chamadas telefônicas, além de GPS integrado, sensor de estacionamento e câmera de ré.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

O multimídia, no entanto, fica em uma posição no topo do painel, que acaba ficando muito distante das mãos do condutor, e embora um seletor permita que se acesse o sistema, este por sua vez é pouco intuitivo.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

Tanto os vidros dianteiros, quanto os traseiros tem a função one-touch e antiesmagamento. Os espelhos retrovisores elétricos, são equipados com repetidores  de seta

Condução

A expectativa criada pelo ar esportivo do design do carro não se confirma ao se tirar o carro da imobilidade, mas isso não virou uma decepção. O destaque foi o excelente espaço interno, a ótima posição de dirigir e conforto que se faz notar ainda o acabamento extremamente caprichado.

Renault Fluence GT Line 2016./ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

O carro é muito silencioso em uma condução mais tranqüila, somente se o motorista exigir um maior desempenho é que irá notar o nível de ruído; e isso somente porque o câmbio CVT ( que permite emular seis marchas), faz com que o motor trabalhe em um regime maior de rotação; isso acaba aumentando o “grito” do motor.

A suspensão também é voltada ao conforto, já que em piso irregular o carro acaba perdendo parte do encanto, mas sem se tornar desconfortável. Na parte traseira o único senão, é a curvatura do teto.

Como nos demais sedã de todos concorrentes da categoria, acaba penalizando quem tem mais de 1m80, uma vez a cabeça acaba batendo no teto.

Em viagens o conforto é o grande atrativo, os bancos de couro abraçam motorista e passageiros, e o porta-malas de 530 litros tem uma capacidade enorme.

O consumo ficou dentro da média, com a marca de 7,8 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada utilizando etanol.

 

Conclusão

Como um esportivo não valeria a pena, mas como é um GT e não um RS (nomeclatura adotada pela Renault para seus esportivos)  o sedã é um forte candidato a entrar na sua garagem.

O preço de R$91.5320,00 por sua vez, é salgado se lembrarmos  que o carro não tem nem opcionalmente controle de tração, estabilidade e sistema de partida em rampas, itens que figuram em alguns concorrente.

Ficha Técnica

Motor: Dianteiro, transversal,  4 cilindros em linha, 16V, duplo comando de válvulas, flex
Cilindrada: 1.997 cm³
Potência: 140 (G) /143 (E) cv a 6.000 rpm
Torque: 19,9 (G) /20,3 (E) kgfm a 3.750 rpm
Transmissão: CVT (emulando eletronicamente 6 velocidades), tração dianteira
Suspensão: dianteira independente McPherson
traseira eixo de torção
Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás
Pneus: 205/55 R17
Comprimento 4.620 nm
Largura 1.810 mm;
Altura 1.470 mm
Entre-eixos 2.700 mm
Tanque 60 l
Porta-malas 530 l
Peso: 1372 kg
Aceleração 0-100 km/h: 10,2 s
Velocidade máxima 196 km/h

Texto: João Vsconcelos
Fotos:   Imprensa Renault

Comentar

Seu endereço de email não será publicado.Campos marcados são obrigatórios *

*