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O Hyundai HB 20 é um sucesso absoluto entre os compactos desde o seu lançamento. O motor é sem dúvidas o grande atrativo deste carro, já que se trata de um propulsor 1.0 mas de 3 cilindros.
O que mais impressiona é que o carrinho já cativa o condutor assim que se começa a rodar com ele.
Design
O HB20 tem um design que arrebatou o público antes mesmo do seu lançamento, quando do vazamento das imagens do carro nas redes sociais. Isso gerou uma expectativa enorme, e inclusive filas de espera para comprar o modelo e ágio em um primeiro momento.
O design que teve inclusive a participação de brasileiros na sua concepção agrada em cheio ao público, mesmo eu sempre ressaltando que gosto é subjetivo. As linhas são bastante agradáveis, e com uma clara inspiração esportiva.
A parte que deixa a maior polêmica é a traseira com seus cortes abruptos de para choques, e lanternas de desenho pouco usual. O interior agrada com boa qualidade nos materiais.
Mesmo abusando do uso de plásticos, os encaixes são perfeitos e de textura bastante agradável ao toque. O cluster engloba os já conhecidos velocímetro e conta-giros de fácil leitura e boas dimensões e um prático computador de bordo. Somente o acionamento do computador fica em uma posição escondida atrás do volante, em um botão (trip) no próprio painel.
Outro atrativo no carro é a nova central multimídia com tela de 7 polegadas touch screen, com GPS integrado. Quando parado o carro tem inclusive TV digital, além de recepção de rádio e reprodução de CD, algo inédito nesta categoria e ao rodar embora se perca o vídeo o condutor continua a receber o áudio da tv
O carro é equipado com o motor da família Kappa de 1000 cc de deslocamento volumétrico (mais precisamente 998 cm), com três cilindros; isso mesmo 3, e 12 válvulas, potência de 80 CV e torque de 10.2 mkgf. Bloco e cabeçote de alumínio com comando de válvulas variáveis e duplo comando no cabeçote, mostram a modernidade do projeto do power-train.
Vida a bordo
Internamente o carro tem uma boa construção e um acabamento de ótima qualidade, com plástico de duas tonalidades (preto e cinza), encaixes perfeitos e nas saídas de ar existe um anel plástico de cromo fosco que dão um ar sofisticado ao carro.
O câmbio mecânico de 5 velocidades é muito bem escalonado, e as marchas são bem justas e de fácil engate. No cluster a boa disposição dos instrumentos facilita a leitura, e sua iluminação é com fundo na cor azul
O sistema de som é um show a parte em um veículo desta categoria, com uma central multimídia com tela de 7’ polegadas sensível ao toque, e destaque para tevê digital. A central tem ainda as funções bluetooh com streaming de áudio e acesso a agenda, reprodutor de música, vídeos e imagens, GPS, tudo isso com controles no volante.
A tv digital funciona perfeitamente com o carro parado, e ao se movimentar os passageiros embora percam o direito a imagem, mantêm a possibilidade de continuar acompanhando a programação pelo áudio.
O ar condicionado com cluster ionizer deu conta de deixar o habitáculo sempre com temperatura mais que agradável e de maneira bem rápida. O volante com regulagem de altura e profundidade, aliada a regulagem de altura do banco do motorista permitiram encontrar uma boa posição para condução.
Apenas os condutores com mais de 1.80cm irão reclamar, já que ao regulagem da altura do banco se dá somente na parte dianteira do acento e isso não favorece a melhor posição.
Os bancos são bastante confortáveis, permitindo viagens longas. Quatro adultos se acomodam razoavelmente bem no carro, embora os mais altos vão reclamar de bater a cabeça no teto no banco de trás; e o quinto passageiro além do incômodo túnel central, não tem encosto de cabeça, cinto é somente abdominal e o ressalto do banco incomoda.
Destaque ainda para a garantia da marca que é de 5 anos, sem limite de quilometragem.
Condução
Uso Urbano
No dia a dia na cidade o carro se comporta como outro compacto da categoria, com grande facilidade para manobras, já que seu diâmetro de giro é de 10,2 metros, e é equipado com direção hidráulica, algo mais que suficiente para suas dimensões.
O GPS integrado no kit multimídia é bastante preciso e muito fácil de utilizar. O sistema de som conta com entrada USB, Bluetooth, entrada auxiliar e entrada de CD. O ar condicionado mesmo não sendo dual zone, é muito potente e deu mais que conta para refrigerar a cabine.
O desempenho no uso citadino é muito bom, e mesmo nas ladeiras mais íngremes, basta se reduzir uma marcha para que o carro vença o obstáculo sem grandes dificuldades.
O motor de 3 cilindros surpreende já que quase não vibra e sobe de giros com uma volúpia incontrolável. O ronco convida o condutor a acelerar cada vez mais, e com um câmbio mecânico muito bem escalonado, de engates justos e prazeroso guiar o HB20.
O consumo de combustível ficou dentro do esperado, ficando na casa dos 7,2 Km/l na cidade.
Uso na estrada
Nesta situação o motor de 3 cilindros se torna encantador, já que seu ronco entusiasma o condutor. Guardadas as devidas proporções o som do motor remete aos motores de 6 cilindros.
Claro que isso acaba cobrando um preço, já que a tendência é acelerar e com isso o consumo também se eleva. De qualquer forma obtivemos a marca de 10,8 km/l na estrada. A salientar a excepcional estabilidade do carro.
Em uma tocada mais comedida conseguimos as marcas de respectivamente 8,8 km/l na cidade e 11,9 km/l na estrada.
Conclusão
O HB20 é realmente um carro que se impõe de maneira inconteste sobre a concorrência, oferecendo conforto, desempenho, estilo, economia e diversão ao volante.
Ficha técnica
Motor: 1.0 dianteiro, transversal, 3 cilindros em linha, 12v, com comando variavel de valvulas, flex
Potência: Potência:80/ 75 cv (E/G) a 6 200 rpm
Torque: 10,2/ 9,4 mkgf (E/G) a 4 500 rpm
Câmbio: mecânico, 5 marchas.
Aceleração 0 a 100 km/h: 14,9 s
Velocidade máxima: 160 km/h
Largura: 1680 mm
Comprimento: 3900 mm
Altura: 1470 mm
Entre-eixos: 2500 mm
Peso: 953 kg
Tanque: 50 litros
Breve história da Hyundai
A Hyundai Motor Company – do coreano Hyeondae significa “moderno” – é uma marca sul-coreana de automóveis, fundada em 1967 por Chung Ju-Yung, que em 1947 já havia fundado a Hyundai Engineering and Construction Company. Em 1948, começou a construir viaturas – na época tinha um acordo com a empresa norte-americana Ford para produzir carros desta marca apenas para o mercado interno.
Só em 1974 foi construído o primeiro carro da marca Hyundai, elegante, desenhado e concebido em exclusivo pela marca, o pequeno modelo Pony, que foi apresentado nesse ano no Salão Automóvel de Turim, na Itália. Contudo, o Pony utilizava tecnologia dos japoneses da Mitsubishi, como o motor, a transmissão e a suspensão. O modelo foi desenhado pelos estúdios de design italianos da Giugiaro.
Em 1991 apresentou o primeiro motor de fabricação própria, nomeado Alpha, para três anos mais tarde lançar outro propulsor, este com o nome de Beta. Ainda em 1994 lançou o modelo Accent, com motor Alpha, que viria a ser um grande sucesso de vendas. No entanto, a associação com a Mitsubishi manteve-se e esta marca fornecia motores para os modelos Elantra e Sonata, de maiores dimensões.Seu símbolo,o H estilizado,tem um significado, segundo a montadora é a união das mãos do fabricante com seu consumidor.
Em fase de grande expansão, a Hyundai apresentou em 1996 dois novos modelos, o esportivo Tiburon e o Sonata III, tendo ainda lançado o Dynasty, um carro de luxo.
No Brasil, o Grupo Caoa é responsável pela distribuição dos veículos importados da marca em território nacional e pela montagem dos kits CKD do caminhão leve HR, do Tucson e também do SUV IX35 em Anápolis, e caminhões de sete toneladas também em Anápolis.
A montadora ergueu uma fábrica própria no Brasil em 2012 em Piracicaba, no interior de São Paulo. A unidade, cuja capacidade é de 150 mil veículos por ano, é responsável pela fabricação dos modelos HB20, HB20X e HB20S, exclusivos para o mercado brasileiro.
A Hyundai, atualmente, é uma das marcas que mais investe em publicidade no país. Em 2009, foi a 5ª empresa que mais anunciou, com cerca de R$ 744,5 milhões inserções grandes revistas, jornais e emissoras de televisão brasileiras.
Texto e Foto: João Vasconcelos
